quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Timor-Leste prevê recrutar mais de 600 efetivos para as Forças Armadas


Luanda, 14 out (Lusa) - As Forças Armadas de Timor-Leste preveem recrutar mais de 600 efetivos, para juntar aos cerca de 3.000 operacionais atuais distribuídos por três componentes, em lugar dos tradicionais ramos aéreo, terrestre e naval.

A informação foi transmitida à Lusa pelo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas timorenses, o coronel Falur Rate Laek, à margem do 17.º encontro de saúde militar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre até quinta-feira em Luanda.

"Agora estamos a caminho dos 3.000 efetivos e está autorizado para termos os 3.600", apontou o oficial, esclarecendo que não se prevê a criação dos tradicionais ramos das Forças Armadas em Timor-Leste.

"Não vamos ter ramos, não há necessidade. Somos um país pequeno, um povo pequeno, vamos ter uma uniformização das forças", disse.

As forças armadas timorenses, as mais jovens dos países que integram a CPLP - explicou o oficial -, vão manter assim as componentes naval, força aérea ligeira, terrestre, apoio e serviços, e formação e treino.

"As nossas maiores necessidades são de meios. Estamos na fase de construção [das Forças Armadas], o nosso problema são os recursos e o pessoal", sublinhou o coronel Falur Rate Laek, destacando a cooperação com Portugal, Estados Unidos da América e Austrália neste processo.

"Os restantes países da CPLP também nos vão ajudar", rematou.

No encontro de Luanda, que arrancou na quarta-feira, participam delegações militares de Angola, Portugal, Brasil, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique.

Em cima da mesa está a criação de uma força conjunta de saúde militar, entre as forças armadas dos países da CPLP, para intervir, nomeadamente, em cenários de catástrofe.

PVJ // VM

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