Luanda,
14 out (Lusa) - As Forças Armadas de Timor-Leste preveem recrutar mais de 600
efetivos, para juntar aos cerca de 3.000 operacionais atuais distribuídos por
três componentes, em lugar dos tradicionais ramos aéreo, terrestre e naval.
A
informação foi transmitida à Lusa pelo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas
timorenses, o coronel Falur Rate Laek, à margem do 17.º encontro de saúde
militar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre até
quinta-feira em Luanda.
"Agora
estamos a caminho dos 3.000 efetivos e está autorizado para termos os
3.600", apontou o oficial, esclarecendo que não se prevê a criação dos
tradicionais ramos das Forças Armadas em Timor-Leste.
"Não
vamos ter ramos, não há necessidade. Somos um país pequeno, um povo pequeno,
vamos ter uma uniformização das forças", disse.
As
forças armadas timorenses, as mais jovens dos países que integram a CPLP -
explicou o oficial -, vão manter assim as componentes naval, força aérea
ligeira, terrestre, apoio e serviços, e formação e treino.
"As
nossas maiores necessidades são de meios. Estamos na fase de construção [das
Forças Armadas], o nosso problema são os recursos e o pessoal", sublinhou
o coronel Falur Rate Laek, destacando a cooperação com Portugal, Estados Unidos
da América e Austrália neste processo.
"Os
restantes países da CPLP também nos vão ajudar", rematou.
No
encontro de Luanda, que arrancou na quarta-feira, participam delegações
militares de Angola, Portugal, Brasil, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Guiné
Equatorial, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique.
Em
cima da mesa está a criação de uma força conjunta de saúde militar, entre as
forças armadas dos países da CPLP, para intervir, nomeadamente, em cenários de
catástrofe.
PVJ
// VM
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