Díli,
11 jan (Lusa) - Melhorar o funcionamento e organização do sistema educativo,
formação de professores e arrancar com o ensino técnico vocacional são as
prioridades de Timor-Leste para 2016 na área da Educação, anunciou hoje o
ministro que tutela esta pasta.
Implementar
o novo currículo do pré-escolar e ensino básico, reforçar a qualidade do ensino
superior e reativar o programa de alfabetização estão também entre as metas
definidas por Antonio da Conceição.
Numa
mensagem por ocasião da abertura do ano letivo, António da Conceição mostra-se
esperançado que 2016 seja um ano "caraterizado pela melhoria do sistema de
ensino timorense", que ainda enfrenta grandes desafios.
O
ministro recorda a importância de professores, alunos e da comunidade em geral
para o êxito das escolas, recordando as competências exigidas aos docentes
timorenses.
"Apelo
a todos os professores para que participem ativamente na formação e desenvolvam
as suas competências nas diversas vertentes, nomeadamente no domínio das
línguas oficiais, especialmente da língua portuguesa", refere.
"Os
professores têm de ser o exemplo para a nossa sociedade e para as futuras
gerações, pelo que o domínio da língua portuguesa e o seu desenvolvimento nas
escolas é fundamental para fortalecermos os nossos valores nacionais e a nossa
identidade", sublinha ainda.
O
plano de atividades para este ano destaca a implementação do novo currículo
para mais de 319 mil alunos do pré-escolar e ensino básico, com os professores
a receberem formação de 120 horas e o Ministério a acelerar a acreditação das
escolas existentes.
Outra
prioridade é ensino técnico e vocacional, considerado essencial para
"responder à necessidade do mercado de trabalho e reduzir o desemprego
juvenil", como destaca o ministro.
Assim,
já este ano, e de forma faseada, vão ser convertidas 12 escolas do ensino
secundário geral em escolas técnico vocacionais, com a respetiva formação dos
professores, numa medida que se espera que beneficie já 7.000 alunos.
No
ensino superior, o Governo vai em 2016 regulamentar a conduta de docentes e
estudantes, a produção obrigatória de artigos científicos por cada docente e a
monitorização dos critérios do currículo mínimo e das cargas letivas.
Vai
ainda regulamentar a "obrigatoriedade do uso da língua portuguesa nas
instituições acreditadas", sublinha António da Conceição.
O
Ministério quer também reativar o Programa Nacional de Alfabetização,
implementar um Programa Nacional de Equivalência e aprovar o enquadramento
legal do ensino recorrente.
Finalmente,
no que toca à gestão institucional e parcerias, o Governo quer criar um novo
sistema de colocação de professores para 2017, realizar ações de formação
técnica padronizada para os funcionários do Ministério, reforçar a cooperação
com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Associação das
Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e iniciar uma nova parceria com a igreja
católica "para a capacitação dos professores do ensino básico".
ASP
// MP
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