Hong
Kong, China, 06 jul (Lusa) -- As autoridades de Hong Kong frisaram hoje não
haver qualquer acordo com as entidades congéneres da China para a transferência
de fugitivos à justiça, noticia o jornal South China Morning Post.
A
garantia surge na sequência do pedido das autoridades da China para que o
livreiro Lam Wing-kee, que esteve desaparecido durante meses, deixasse a Região
Administrativa Especial chinesa e regressasse ao interior da China, onde está a
ser investigado por alegada venda de livros proibidos no país.
"Como
toda a gente certamente sabe, Hong Kong e o interior da China não têm acordos
de transferência de fugitivos", afirmou o secretário para a Segurança da
antiga colónia britânica, Lai Tung-kwok, um dia depois de regressar de Pequim,
onde se encontrou com o ministro da Segurança Pública.
"No
decorrer das nossas conversações, a outra parte não fez qualquer tipo de
sugestão relativamente a este pedido. De todo", disse Lai Tung-kwok,
quando questionado sobre o retorno do livreiro ao interior da China.
As
autoridades de segurança da China alegam que o livreiro violou as condições de
fiança que lhe foram impostas ao decidir permanecer em Hong Kong e não
regressar à China.
Um
vídeo mostrando confissões e a vida de Lam sob detenção foi exibido na presença
dos 'media' de Hong Kong.
O
secretário para a Justiça, Rimsky Yuen Kwok-keung, afirmou, após a visualização
das imagens, que a polícia de Hong Kong deveria continuar a investigar.
"Achamos
que há áreas que a polícia precisa de acompanhar como a discrepância entre o
que é dito no vídeo e a versão pública do senhor Lam Wing-kee, feita
publicamente ou de outro modo em Hong Kong", disse.
"Nós
ainda esperamos continuar a tentar descobrir a verdade", afirmou,
acrescentando que as autoridades de Hong Kong não tinham conhecimento prévio do
vídeo divulgado na terça-feira.
DM
// MP
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