Coimbra,
07 dez (Lusa) - A Universidade de Coimbra vai assinalar os 25 anos do massacre
de Santa Cruz com a exibição de documentários, exposição, debates e sessão
evocativa com a presença de Ximenes Belo, Ramos-Horta e o jornalista inglês Max
Stahl.
A
instituição vai assinalar, entre sexta-feira e dia 16, os 25 anos do massacre
de Santa Cruz e os 20 anos do Nobel da Paz atribuído a Ximenes Belo e José
Ramos-Horta, com a iniciativa "Timor: Imagens e palavras que mudaram o
mundo", anunciou hoje a Universidade de Coimbra (UC).
Por
Coimbra, vão passar Max Stahl, o jornalista inglês que filmou e divulgou o
massacre de Santa Cruz, em 1991, além de Ximenes Belo e José Ramos-Horta, que
participam numa sessão evocativa das duas efemérides, no Teatro Académico de
Gil Vicente (TAGV), na terça-feira, pelas 17:00.
Após
a sessão, é exibido o documentário "A Língua, a Luta, a Nação", de
Max Stahl, sobre "o papel da língua portuguesa no processo de construção
da nação timorense", referiu o vice-reitor da UC, Joaquim Ramos de
Carvalho, sublinhando que este é um assunto caro à instituição, por se querer
assumir como entidade "de referência" na divulgação e promoção da
língua.
A
cerimónia começa na sexta-feira, na Casa das Caldeiras, com o colóquio
"Timor: mil palavras, mil imagens", em que participam investigadores
que abordam a relação entre os 'media' e o processo de independência de
Timor-Leste e jornalistas que acompanharam esse mesmo processo.
O
evento termina com uma conferência de Max Stahl, intitulada "CAMSTL [Centro
Audiovisual Max Stahl Timor-Leste]: Timor, o nascimento de uma nação".
O
caso de Timor é "um caso concreto em que, de facto, a cobertura
jornalística foi importante para mudar o curso dos acontecimentos" no
país, sublinhou o docente Carlos Camponez, da organização do evento que foi
hoje apresentado na Casa das Caldeiras.
De
acordo com o professor do curso de jornalismo da UC, o colóquio pretende
"refletir e trazer à memória o contexto" do processo de independência
de Timor, com a participação de jornalistas que "vão relatar como viveram
[o processo] e como viram esse tempo".
Na
segunda-feira, é promovido um debate com antigos estudantes da Universidade de
Coimbra que estiveram presentes no massacre de Santa Cruz e, entre esse dia e
16, são exibidos documentários sobre Timor.
Entre
sexta-feira e dia 16, estará ainda patente uma exposição no TAGV intitulada
"Timor: Uma História de Ontem, Estórias de Hoje".
JYGA
// SSS
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