O
novo primeiro-ministro timorense defendeu hoje um reforço e expansão da
parceria histórica de Timor-Leste com Portugal, na "educação de
qualidade", nos setores de transporte marítimo, construção e manutenção
naval e em investimento direto.
"As
nossas relações com Portugal remontam há séculos e em 2015 celebramos o 5.º
centenário da chegada às praias de Lifau dos primeiros portugueses. A
cooperação bilateral com Portugal deve ser revista e redimensionada",
disse Mari Alkatiri, momentos depois de tomar posse como primeiro-ministro no
VII Governo constitucional.
"Acredito
que devemos expandir essa parceria nas áreas da educação de qualidade e de
investimentos, com captação de investimento direto. Timor-Leste e Portugal
devem expandir a cooperação bilateral para o setor de transportes marítimo,
construção e manutenção naval", defendeu.
Os
laços com Portugal foram destacados no discurso em que abordou os
relacionamentos externos de Timor-Leste, passando pelos regionais, com a
Austrália e a Indonésia, e ainda com os blocos da Associação de Nações do
Sudeste Asiático (ASEAN) e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Alkatiri
lembrou que a política externa timorense "nasceu dos princípios e valores
da resistência, forjados durante mais de duas décadas", e sublinhou que a
maturidade de Estado reside na "previsibilidade, estabilidade e
continuidade da sua política externa" assente num consenso geral além dos
ciclos eleitorais.
"A
grande prioridade da nossa política externa tem sido e vai continuar a ser o
desenvolvimento de relações de boa vizinhança e cooperação com os nossos
vizinhos: Austrália, Nova Zelândia e as Ilhas Estado do Pacífico Sul",
disse.
Alkatiri
referiu, em particular, o fim do "contencioso da fronteira marítima com a
Austrália", que abre "perspetivas melhores e maiores para uma nova
era nas relações bilaterais".
Com
a Indonésia, Alkatiri disse que importa cimentar a relação, mas também
"identificar falhas e fraquezas, melhorar e incrementar as relações a
todos os níveis e em todas as áreas possíveis".
Laços
com os Estados Unidos, a China, o Japão e a União Europeia serão igualmente
fortalecidos, bem como com Cuba e os Estados de língua oficial portuguesa.
SAPO
TL Lusa
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