sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Novo primeiro-ministro timorense quer reforçar e expandir parceria com Portugal

O novo primeiro-ministro timorense defendeu hoje um reforço e expansão da parceria histórica de Timor-Leste com Portugal, na "educação de qualidade", nos setores de transporte marítimo, construção e manutenção naval e em investimento direto.

"As nossas relações com Portugal remontam há séculos e em 2015 celebramos o 5.º centenário da chegada às praias de Lifau dos primeiros portugueses. A cooperação bilateral com Portugal deve ser revista e redimensionada", disse Mari Alkatiri, momentos depois de tomar posse como primeiro-ministro no VII Governo constitucional.

"Acredito que devemos expandir essa parceria nas áreas da educação de qualidade e de investimentos, com captação de investimento direto. Timor-Leste e Portugal devem expandir a cooperação bilateral para o setor de transportes marítimo, construção e manutenção naval", defendeu.


Os laços com Portugal foram destacados no discurso em que abordou os relacionamentos externos de Timor-Leste, passando pelos regionais, com a Austrália e a Indonésia, e ainda com os blocos da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Alkatiri lembrou que a política externa timorense "nasceu dos princípios e valores da resistência, forjados durante mais de duas décadas", e sublinhou que a maturidade de Estado reside na "previsibilidade, estabilidade e continuidade da sua política externa" assente num consenso geral além dos ciclos eleitorais.

"A grande prioridade da nossa política externa tem sido e vai continuar a ser o desenvolvimento de relações de boa vizinhança e cooperação com os nossos vizinhos: Austrália, Nova Zelândia e as Ilhas Estado do Pacífico Sul", disse.

Alkatiri referiu, em particular, o fim do "contencioso da fronteira marítima com a Austrália", que abre "perspetivas melhores e maiores para uma nova era nas relações bilaterais".

Com a Indonésia, Alkatiri disse que importa cimentar a relação, mas também "identificar falhas e fraquezas, melhorar e incrementar as relações a todos os níveis e em todas as áreas possíveis".

Laços com os Estados Unidos, a China, o Japão e a União Europeia serão igualmente fortalecidos, bem como com Cuba e os Estados de língua oficial portuguesa.

SAPO TL Lusa

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