Díli, 12 out (Lusa) - O Fundo
Monetário Internacional (FMI) reviu em alta as previsões sobre a economia
timorense e antecipou que o Produto Interno Bruto (PIB) não-petrolífero possa
crescer este ano 0,8%.
O Fundo reviu contudo em baixa as
contas sobre 2017, quando a economia contraiu 4,6%.
No "Regional Economic
Outlook" para a Ásia e Pacifico - um de vários relatórios divulgados este
mês pelo FMI - a instituição mostra-se também mais otimista do que em abril
face ao comportamento em 2019, quando prevê um crescimento de 5%.
No relatório de abril o FMI
fixava o recuo da economia no ano passado em 4,1%, agravando agora a contração
em cinco pontos percentuais, para -4,6%, melhorando a previsão para 2018 que
era de um recuo de 2% para um crescimento de 0,8%.
A inflação, outro indicador
sublinhado no texto, foi em 2017 de 0,6%, muito abaixo da média dos países
emergentes da Ásia (que foi de 3%), devendo subir para 1,8% este ano e 2,7% em
2019.
Num dos outros relatórios de
outubro, que monitoriza a 'saúde' das finanças públicas, o FMI diz que o saldo
geral do Estado foi no ano passado de -19,5% do PIB (quase quatro vezes mais
que a média do grupo de países produtores de petróleo).
Esse valor, que foi de -35% em
2016, deverá descer para -17,1% este ano - com o investimento do Estado a
permanecer reduzido - voltando a crescer para -27,8% em 2019.
Timor-Leste está agrupado entre
33 países produtores de petróleo e sete considerados "produtores de
petróleo com baixos rendimentos", nomeadamente Camarões, Congo, Costa do
Marfim, Iémen, Nigéria e Papua Nova Guiné.
As receitas não petrolíferas
equivalem a cerca de um terço do PIB, valor que é mais do triplo da média entre
países produtores de petróleo.
ASP // SB
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