Sydney,
Austrália, 11 mai (Lusa) - O primeiro-ministro da Papua Nova Guiné, Peter
O'Neill, disse que a pena de morte está "em revisão" no país, após a onda
de indignação global resultante da execução de estrangeiros por tráfico de
droga na Indonésia.
A
Papua Nova Guiné retomou a pena capital há dois anos como medida para reduzir o
acentuado aumento do crime, que culminou no caso de uma jovem de 20 anos, acusada
de feitiçaria, que foi queimada viva por uma multidão.
Apesar
de a lei permitir a execução por injeção letal, forca e fuzilamento, nenhum
condenado à morte foi executado devido à falta de infraestruturas apropriadas.
"Como
já disse publicamente, [a pena de morte] está em revisão", disse O'Neill,
em comentários publicados hoje pelo Post-Courier, depois de ser questionado
sobre se o Governo considerava rever a sua posição após as polémicas execuções
na Indonésia.
"As
nossas agências governamentais estão a rever todos os aspetos da pena de morte
no nosso país e vamos debater o tema no parlamento quando o parlamento
retomar", afirmou.
Os
comentários do primeiro-ministro surgem na véspera de uma visita de dois dias
do Presidente indonésio Joko Widodo.
Jacarta
mandou executar dois australianos, um brasileiro e quatro nigerianos,
juntamente com um indonésio, por crimes de droga, apesar dos apelos internacionais
para que as suas vidas fossem poupadas.
ISG
// JCS
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