Díli,
25 jun (Lusa) - Timor-Leste tem a partir de hoje a nova Televisão Educação
Timor (TVE/TL), iniciativa apoiada pela Embaixada do Brasil em Díli e que nasce
após seis anos de trabalho no setor audiovisual do Colégio São Miguel Arcanjo.
A
TVE-TL foi lançada hoje numa cerimónia em que participou a primeira-dama,
Isabel da Costa Ferreira e o secretário de Estado da Comunicação Social, Nélio
Izaac.
Segundo
os responsáveis, trata-se de um projeto direcionado "para todos aqueles
que querem e gostam de aprender" e incluirá programas culturais e
educativos em português e tétum, as duas línguas oficiais timorenses.
"Este
novo canal de Televisão, vocacionado para o ensino dos nossos Jovens e recursos
humanos (...) pretende ser mais um instrumento ao dispor dos professores,
educadores, alunos e de todos os cidadãos interessados em aprender",
explicam os responsáveis.
"A
TVE/TL, não pretende, neste sentido substituir a escola, nem pretende terminar
com as "aulas" do ensino formal. Mas num país recentemente
independente, e que na atual fase de desenvolvimento enfrenta muitos desafios e
dificuldades nos meios, infraestruturas e recursos disponíveis, será certamente
uma ferramenta pedagógica valiosa: para complementar a formação do aluno, e
para ser utilizada nas práticas de ensino dos professores", sublinha.
Nos
últimos anos o Colégio São Miguel Arcanjo - nas instalações do qual funcionará
a nova a televisão - tem vindo a formar centenas de jovens através do ensino
técnico profissional, nas várias vertentes dos media.
Tem
ainda apoiado na preparação de dezenas de programas e reportagens difundidas
por Timor-Leste através da TVTL, a televisão pública, e da Televisão STL, do
jornal Suara Timor Lorosa'e.
O
gabinete da primeira-dama destaca a importância do canal para um país com a
geografia como Timor-Leste onde "todas as matérias definidas no curriculo
oficial do Ensino Básico e/ou Secundário" podem estar "disponíveis à
distância de um botão da televisão ou de um clique na internet".
"Para
um país como o nosso com uma geografia montanhosa e difícil, onde existem
muitas comunidades residentes em locais de isolamento extremo e de difícil
acesso, é sem dúvida um instrumento fundamental para a "Democratização do
Saber", dando acesso a conteúdos educativos de uma forma fácil e simples
às famílias mais carenciadas e desfavorecidas", sublinha.
ASP
// FV.
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