Díli,
10 ago (Lusa) - As comemorações do 40.º aniversário das FALINTIL, braço armado
da resistência timorense, arrancam quarta-feira em Díli com um extenso
calendário que incluirá uma marcha até Aileu, onde foi lida, em 1975, a
"Declaração de insurreição Armada".
O
extenso calendário terá como ponto alto as cerimónias oficiais no próximo dia
20 de agosto, na zona de Taci Tolo, arredores de Díli, coincidindo com o dia,
de 1975, em que as Forças Armadas de Libertação de Timor-Leste (FALINTIL) são
criadas como braço armado da FRETILIN.
As
FALINTIL, que em 1987 se tornaram apartidárias e se consolidaram como braço
armado da resistência à ocupação indonésia, são recordadas com atividades que
incluem eventos desportivos, debates e cerimónias e rituais tradicionais.
Depois
da independência de Timor-Leste, as FALINTIL transformaram-se nas forças
armadas timorenses (F-FDTL) pelo que a cerimónia de 20 de agosto arranca com
uma parada militar, um minuto de silêncio e a condecoração, promoção e passagem
à reforma de quadros das F-FDTL.
Depois
do discurso do chefe de Estado, Taur Matan Ruak, está prevista uma marcha de
veteranos e desmobilizados e várias atividades desportivas e culturais.
As
celebrações arrancam, porém, já esta quarta-feira com um seminário sob o tema
"Amar a Natureza" e que decorre no auditório da Faculdade de
Educação, Artes e Humanidades da Universidade Nacional de Timor Lorosa'e
(UNTL).
A
15 de agosto está previsto um acampamento noturno na zona de Mota-Ulun, onde se
ultimarão os preparativos para a "Jornada Histórica" que incluirá uma
marcha entre Díli e Aileu, 47 quilómetros a sul da capital, onde decorrerão
várias cerimónias tradicionais.
No
dia seguinte, 17 de agosto, está prevista a cerimónia de "Declaração de
Insurreição Armada" e um discurso de um dos fundadores da FRETILIN, Mari
Alkatiri.
O
programa continua a 18 de agosto, em Díli, com uma caminhada entre o Largo de
Lecidere, na parte oriental da cidade e a zona ocidental de Comoro, com uma
vigília noturna "pelos filhos dos heróis tombados", no Centro de
Convenções de Díli.
No
dia seguinte está prevista uma marcha até ao jardim dos heróis, em Metinaro, a
leste de Díli, e uma conferência pelos criadores das FALINTIL, Mari Alkatiri e
Rogério Lobato, antes de uma missa na Catedral de Díli.
As
celebrações concluem a 21 de agosto com um ritual tradicional no Arquivo e
Museu da Resistência Timorense e o lançamento da primeira pedra do monumento da
Chama Eterna.
ASP
// APN
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