Díli,
17 set (Lusa) - O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) timorense
considerou hoje, em Dilí, que a indepedência daquela instituição "é
vital" para a saúde da democracia de Timor-Leste e para o fortalecimento
das instituições do Estado.
José
Belo, que falava na cerimónia de lançamento de livros da CNE "Timor-Leste:
Sociedade, Estado e processos eleitorais", defendeu que, para fortalecer a
independência da instituição, o seu mandato deve ser fortalecido e apoiado pelo
Governo e pelo parlamento nacional, para reforçar a capacidade de organização
dos processos eleitorais que se avizinham.
O
mesmo responsável destacou a importância do trabalho da CNE e do Secretariado
Técnico Administrativo Eleitoral (STAE) na realização das eleições locais (de 'sucos'
- devisão administrativa que pode ser constituída por uma ou mais aldeias)
previstas para 2016, bem como nas eleições legislativas e presidências de 2017.
O
livro foi produzido na sequência da reunião, em Díli, dos órgãos superiores de
administração eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP),
que decorreu em março passado na capital timorense.
Naquele
encontro, os representantes da CPLP acordaram fortalecer o seu relacionamento,
criando um "Código de Boas Práticas sobre Questões Eleitorais" e um
grupo de trabalho para procurar sinergias e partilhar experiências.
Durante
a cerimónia de hoje foi ainda lançado o livro "Perfil dos partidos
políticos timorenses", documento que detalha informação sobre os 30
partidos registados no país e uma análise dos resultados dos mais recentes
processos eleitorais.
Intervindo
também na cerimónia de hoje, o comissário eleitoral Francisco Vasconcelos
destacou a necessidade de reforçar as capacidades da CNE, quer em termos de
recursos humanos, quer financeiros.
Em
sua opinião, Timor-Leste não pode apoiar os processos eleitorais na
Guiné-Bissau e em São Tomé e Principe e, ao mesmo tempo, descurar as suas
instituições eleitorais.
Por
outro lado, Rui Gomes, chefe da Casa Civil da Presidência da República, recordou
a importância dos partidos políticos e do processo eleitoral e o seu
"papel fundamental" na construção da sociedade timorense.
ASP
// ARA
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