Passos
Coelho disponível para compromissos com o PS
Coligação
está disponível para formar Governo sem maioria absoluta. “Seria estranho que
quem ganhasse não pudesse governar", afirma o líder do PSD.
A
coligação PSD/CDS obteve uma vitória “inequívoca” nas legislativas e está
“disponível para formar Governo" e para chegar a compromissos com o PS,
afirmou Pedro Passos Coelho, num discurso na sede de campanha, em Lisboa.
“É
inequívoco que estas eleições mostraram um força política vencedora, que foi a
coligação”, declarou o líder do PSD.
Passos
lamentou que a coligação não tenha conseguido alcançar a maioria absoluta, mas
anunciou que vai fazer tudo para cumprir o “desejo inequívoco dos eleitores que
nos confiaram a missão de governar” e “procurar os compromissos indispensáveis
para dar estabilidade” ao país nos próximos quatro anos.
A
“coligação está disponível para formar Governo", mesmo sem maioria
absoluta, e “seria estranho que quem ganhasse não pudesse governar",
disse.
PSD
e CDS vão reunir "de forma muito expedita" os respectivos órgãos
nacionais para formalizar um acordo de Governo, na sequência da vitória nas
legislativas, anunciou perante o aplauso dos apoiantes.
No
discurso da vitória perante dezenas de apoiantes, Passos admitiu que a nova
configuração da Assembleia da República, sem maioria dos deputados do PSD e
CDS, representa um desafio.
Antes,
Paulo Portas agradeceu "aos portugueses a oportunidade de governar"
por mais quatro anos e em "tempo de crescimento" económico.
Evitar
"crises políticas"
O
líder do PSD espera que Portugal “não se veja prisioneiro de crises políticas
que podem significar um retrocesso” nos progressos alcançados nos últimos anos.
Destacou
a importância do Orçamento do Estado para o próximo ano, que a coligação terá
de negociar com a oposição parlamentar, sendo que Bloco de Esquerda e CDU
disseram este domingo que não vão viabilizar as contas para 2016.
Durante
a campanha, António Costa anunciou que chumbaria o OE se não vencesse as
eleições, mas este domingo, no discurso da derrota, não quis responder à
pergunta da Renascença sobre se mantinha essa promessa.
Passos
Coelho considera que, terminadas as eleições, é preciso “pôr de lado as
bandeiras” dos partidos e “juntar todos os que querem construir um país
melhor”, abrindo a porta a entendimentos com o PS.
"Tomarei
a iniciativa de contactar o PS para procurar entendimentos indispensáveis, as
reformas estruturantes da sociedade portuguesa. Como partido europeísta, [o PS]
estará disponível para que reformas importantes possam ter lugar nos próximos
anos, nomeadamente na Segurança Social”, declarou Pedro Passos Coelho.
Deixar
a austeridade "para trás"
Passos
Coelho considera que o próximo Orçamento é o momento de “deixar as medidas de
austeridade para trás” e afirma, apesar de ter falhado a maioria absoluta para
evitar “sobressaltos no Parlamento”, a coligação vai agora “dar o melhor para
não termos sobressaltos nos próximos anos”.
Com
99,17% dos votos contados, a coligação PSD/CDS vence as legislativas com 36,82%
dos votos, o equivalente a 95 deputados.
O
PS fica em segundo lugar. O partido de António Costa consegue 32,37% e 80 deputados,
indicam os resultados provisórios, numa altura em que estão 16 mandatos por
atribuir.
O
Bloco de Esquerda mais do que duplica o resultado em comparação com as últimas
legislativas e ascende a terceira força política. Obtém 10,22% dos votos e 19
deputados. Em 2011 tinha eleito sete parlamentares.
De
acordo com os resultados provisórios, a CDU regista 8,26% dos votos e 15
deputados.
Renascença
RESULTADOS
PROVISÓRIOS DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2015
Sem comentários:
Enviar um comentário