Autoridades
dizem que terroristas planejavam atentado nos moldes do ocorrido em Paris em
novembro. Até o momento, três suspeitos foram presos, enquanto o país continua
em alerta máximo.
Autoridades
da Indonésia afirmaram nesta sexta-feira (15/01) que os atentados
em Jacarta , que deixaram o país em choque, poderiam ter sido ainda
mais graves, e que a ação policial evitou um massacre semelhante ao que matou
130 pessoas em Paris
no dia 13 de novembro.
Na
quinta-feira, cinco homens, armados com bombas caseiras, revólveres e coletes
explosivos, atacaram um café da rede Starbucks e um posto policial em Jacarta
no distrito de Thamrin, onde se localizam diversas embaixadas, escritórios da
ONU e centros de compras.
O
atentado matou duas pessoas – um canadense e um indonésio – e feriu outras 20.
Os terroristas foram mortos pelos policiais ou após seus coletes serem
detonados.
O
porta-voz da polícia, Anton Charliyan, afirmou nesta sexta-feira que a ação
policial impediu um atentado de maiores proporções, uma vez que os terroristas
"seguiram o exemplo dos ataques em Paris".
Segundo
o porta-voz, dois dos homens que realizaram o ataque em Jacarta já haviam sido
presos por acusações de terrorismo. Na manhã desta sexta-feira, três suspeitos
foram detidos durante as buscas policiais e estão sendo investigados.
As
autoridades confirmaram que uma bandeira da organização extremista "Estado
Islâmico" (EI), que assumiu publicamente a autoria do atentado, foi
encontrada na residência de um dos terroristas, confirmando a associação do
grupo jihadista aos eventos desta quinta-feira.
O
chefe da polícia de Jacarta, Tito Karnavian, informou que as buscas continuam e
acusou um grupo liderado por Bahrun Naim, um militante ligado ao EI, de ser o
responsável pelos atos de violência.
O
chefe da polícia nacional, o general Badrodin Haiti, também acusou Naim de dar
apoio aos atentados. Em 2011, ele chegou a ser preso por posse ilegal de
armamentos. Mais tarde, teria viajado à Síria para aderir ao EI.
O
presidente indonésio, Joko Widodo, pediu solidariedade à população em seu perfil
oficial no Twitter. "Não há lugar para o terrorismo na Indonésia. Todos os
cidadãos devem se unir para combatê-lo", afirmou.
Diversas
embaixadas foram fechadas em todo o país, e a ilha de Bali – popular destino
turístico que foi alvo de um ataque em 2002 – foi colocada sob alerta máximo.
As
autoridades se preocupam cada vez mais com o crescimento do terrorismo no país.
Estima-se que entre 500 e 700 indonésios tenham viajado ao Oriente Médio com a
intenção de aderir ao EI.
RC/afp/dpa/kna/ap/rtr
– Deutsche Welle
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