Forças
de segurança conseguiram libertar mais de 120 reféns de 18 nacionalidades após
ataque terrorista contra hotel de luxo na capital do país. Quatro extremistas
foram mortos, mais de 30 pessoas ficaram feridas.
O
cerco de horas ao hotel de luxo em Ouagadougou, capital de Burkina Faso,
terminou neste sábado (16/01), matando pelo menos 23 pessoas, incluindo quatro
terroristas. As forças de segurança libertaram 126 pessoas do prédio, segundo o
ministro do Interior do país, Simon Compaore.
O
presidente de Burkina Faso, Roch Marc Christian Kabore, afirmou que um total
"parcial" indicava que 23 pessoas de 18 nacionalidades foram mortas
no ataque ao hotel Splendid. Segundo o embaixador francês Gilles Thibault, 27
pessoas morreram no assalto. O diplomata, afirmou, ainda, que foram libertados
150 reféns, de 18 nacionalidades.
Pelo
menos 33 dos reféns foram feridos durante tiroteio na operação de resgate
realizada por tropas do país, apoiadas por forças especiais francesas. Três
jihadistas foram mortos na troca de tiros no hotel Splendid. Um quarto
terrorista foi morto em um hotel próximo.
Soldados
invadiram o hotel Splendid, na capital de Burkina Faso na manhã deste sábado,
cerca de cinco horas depois de militantes ligados à Al Qaeda lançarem um ataque
contra o local por volta das 19h30 desta sexta-feira, horário local.
O
tiroteio começou quando os primeiros assaltantes armados abriram fogo no
restaurante Cappuccino, antes de invadirem o hotel Splendid.
As
forças de segurança chegaram pouco depois, provocando uma intensa troca de
tiros no distrito de negócios da capital. Dois carros bomba explodiram do lado
de fora do hotel. Fontes de segurança disseram que dois dos quatro militantes
eram mulheres.
Um
incêndio começou no hotel, depois que soldados usaram explosivos para entrarem
no prédio, em uma tentativa de libertar os reféns. O incêndio se espalhou tanto
para dentro como para fora do edifício.
A
Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQIM, na sigla em inglês) reivindicou a autoria do
ataque, acrescentando que ele foi uma "vingança contra a França e os
infiéis do Ocidente".
Mais
de 3.500 cidadãos franceses vivem em Burkina Faso, uma antiga colônia francesa.
A França também tem tropas na África Ocidental, que combatem militantes
jihadistas na região do Sahel.
Em
dezembro, o grupo extremista convocou jihadistas de vários países, inclusive de
Burkina Faso, a fazer ataques. A AQIM assumiu a autoria do atentado que deixou
20 mortos no Mali em novembro.
MD/afp/dpa/rtr
– Deutsche Welle
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