Amadora,
Lisboa, 16 fev (Lusa) -- A exposição de fotografia "Rostos de Timor"
de António Cotrim, fotojornalista da Agência Lusa, distinguido com o Prémio
Gazeta 2014, é inaugurada na próxima sexta-feira, na Amadora, nos arredores de
Lisboa.
A
exposição irá estar patente até 31 de março, na Biblioteca Municipal Fernando
Piteira Santos, na Reboleira, avenida Conde Castro Guimarães, naquela cidade.
"Rostos
de Timor" reúne 24 fotografias que "mostram a nobreza do povo
timorense", afirma em comunicado a autarquia.
"Uma
singela homenagem aos homens e mulheres de Timor que sofreram, lutaram e
morreram pela liberdade e independência de uma terra que amavam e à qual
queriam chamar 'o meu país'", disse o fotojornalista à Lusa.
Após
24 anos de ocupação pela vizinha República da Indonésia, Timor-Leste tornou-se
independente, em setembro de 2002.
A
"marca de sofrimento e ao mesmo tempo de esperança", que António
Cotrim encontrou nos rostos que fotografou em 2007 em Timor-Leste, fez surgir a
ideia de realizar esta exposição, afirmou o fotojornalista.
A
primeira versão desta exposição foi apresentada em Lisboa, no Centro Nacional
de Cultura, em outubro de 2011, tendo entretanto passado por outros espaços,
como a galeria do café Santa Cruz, em Coimbra, a galeria Municipal de Vila Nova
de Ourém, o Museu de Arte Sacra de Fátima e a galeria municipal de Alcochete.
António
Cotrim começou a trabalhar na área da comunicação social em 1974, tendo passado
pelas agências noticiosas Lusitânia, ANOP, Notícias de Portugal e, atualmente,
Lusa. Colaborou também com o semanário Tal & Qual e o desportivo Record.
Referindo-se
à reportagem feita em 2007, António Cotrim afirmou: "O que mais me marcou
em Timor foi o povo que, após longos anos de sofrimento, enfrenta o dia-a-dia
com um sorriso nos lábios. E marcou-me imenso a alegria do povo de Lorosae, por
ouvir e falar português".
No
texto que acompanha a exposição lê-se: "As fotografias de António Cotrim
revelam a capacidade de fixar uma imagem que emociona, que nos afeta e comove.
Um rosto que surge definido e luminoso na sagacidade de quem captou o
instante".
O
fotógrafo, além do Prémio Gazeta 2014, foi já distinguido com duas menções
honrosas, uma do Clube Português de Imprensa, na categoria de fotorreportagem,
em 2001, e outra do Prémio Europeu de Fotografia Fujifilm, na categoria de
desporto, em 2004.
A
mesma nota refere que o "talento e trabalho" de António Cotrim têm
sido "reconhecidos com a publicação de fotografias de sua autoria em
vários livros, folhetos, catálogos e postais, sem contar com as inúmeras
edições em jornais e revistas, tanto nacionais como internacionais".
Quanto
à experiência profissional de Timor-Leste, o fotógrafo afirmou que guarda
"com gratidão" a memória "de um povo que, nada tendo, não hesita
dar o coração, para acolher quem o visita".
NL
// MAG
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