O
secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau defendeu ontem a posição
privilegiada da cidade para o ensino do português e lembrou que, “dominando o
português, facilmente se aprendem outras línguas” e se “alargam horizontes”.
“Temos
todas as vantagens e condições para isso [ensino do português], conseguimos ver
o valor da língua. O português é uma língua latina, dominando o português
consegue-se facilmente aprender outras línguas estrangeiras, mesmo para
aprender o inglês é facílimo. Dominando o português alargam-se os horizontes”,
disse Alexis Tam, durante o debate sectorial das Linhas de Acção Governativa,
na Assembleia Legislativa.
O
governante recordou a visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ao
território, em Outubro, que “deu ordens à equipa governante de Macau para
melhorar o ensino do português”.
O
inglês, disse, “é muito promovido na China”, mas no português Macau tem
vantagem, já que conta com um “legado histórico e uma ligação muito estreita
com a língua”.
“Temos
uma comunidade portuguesa em Macau, comunicação social em língua portuguesa,
português como língua oficial. Nenhuma cidade da China tem as vantagens de
Macau”, frisou.
MAIS
ESCOLAS GRATUITAS
A
educação foi um dos temas centrais do debate de ontem, em que o Governo
anunciou o alargamento da rede de escolaridade gratuita nos próximos dois anos.
O número de escolas integradas na rede vai atingir 101, o que equivale a uma taxa
de cobertura de 94 por cento, em vez da actual 89 por cento.
O
secretário falou ainda do projecto ‘Céu Azul’, com que pretende transferir 15
escolas que actualmente funcionam em andares de prédios – e cujos alunos não
gozam de instalações ao ar livre. Além de reduzir o prazo para as mudanças de
20 para 15 anos, Alexis Tam reiterou ainda que as escolas serão colocadas nos
terrenos não aproveitados que o Governo tem tentado recuperar.
“Depois
do despejo da ocupação ilegal desses terrenos, mais de uma dezena de escolas
poderão funcionar ali. Mas temos de ser realistas: neste momento não temos
terrenos suficientes para a construção das escolas. O Governo já começou a
recuperar os terrenos não aproveitados e espero que muito em breve possamos dar
início às obras e assim concretizar todo o projecto da obra ‘Céu Azul’”, disse.
Em
2011, o Governo identificou 48 terrenos para reversão para o domínio público
por não estarem a ser aproveitados de acordo com os seus contratos de
concessão. Em Novembro, o Chefe do Executivo afirmou que, até Setembro, “foram
proferidos 38 despachos de declaração de caducidade das concessões de terrenos,
que envolvem uma área que ultrapassa 400 mil metros quadrados”, apesar de
vários casos estarem ainda em tribunal.
Em
Agosto, a prioridade definida para estes terrenos foi o pagamento de 88.806
metros quadrados de dívida de terras, e em Setembro a habitação pública foi
dada como essencial para esse fim.
Sofia Mota –
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