Díli,
03 ago (Lusa) - O secretário-geral do CNRT disse hoje que o segundo partido
mais votado a 22 de julho só vai decidir se apoia, ou não, a formação do
próximo Governo depois da conferência partidária no fim de semana.
"A
partir de amanha [sexta-feira] há uma conferência. E depois sairá daí um
resultado e teremos que respeitar a vontade dos conferencistas", afirmou
Francisco Kalbuadi em declarações aos jornalistas no Palácio Presidencial, em
Díli.
Francisco
Kalbuadi falava depois de uma reunião de cerca de 30 minutos com o Presidente
timorense que começou a ouvir os partidos eleitos para o Parlamento Nacional
com vista à formação do próximo Governo.
Pela
segunda vez desde as eleições de 22 de julho, o chefe de Estado timorense
convidou para uma reunião o presidente do Xanana Gusmão, que não veio ao
palácio, enviando em seu lugar o secretário-geral, Francisco Kalbuadi.
"O
convite do senhor Presidente foi ao partido. Estou aqui eu, como
secretário-geral e o 1º vice-presidente (Vergilio Smith)", explicou
Kalbuadi.
Kalbuadi
disse que o chefe de Estado reiterou o apelo para que as forças políticas
tenham em conta "o interesse nacional e não do partido" e garantiu
que o CNRT respeitará isso.
"O
mais importante é o interesse do povo e da nação, a estabilidade
nacional", disse, sem querer avançar qualquer cenário.
O
Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) tem prevista a realização
entre sexta-feira e domingo de uma Conferência Nacional, durante a qual a
liderança do partido deverá definir que posição vai adotar relativamente à
formação do VII Governo constitucional.
O
CNRT obteve nas legislativas 22 lugares no parlamento de 65, um menos que a
Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), que obteve 23.
Foram ainda eleitos oito deputados do Partido Libertação Popular (PLP), sete do
Partido Democrático (PD) e cinco do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan
(KHUNTO).
Francisco
Guterres Lu-Olo tem previsto receber o líder do PLP e antecessor na
presidência, Taur Matan Ruak, e na sexta-feira as lideranças do PD e KHUNTO.
ASP
// EJ
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