Díli,
28 set (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, entregou hoje ao
chefe de Estado uma lista com cerca de uma dezena de elementos que vão integrar
o VII Governo constitucional, incluindo membros de dois partidos da oposição.
Mari
Alkatiri entregou a lista a Francisco Guterres Lu-Olo durante a reunião
semanal, a segunda entre ambos, que mantiveram durante cerca de 80 minutos no
Palácio Presidencial, em Díli.
"Entreguei
a lista e o Presidente e esperamos que possam tomar posse na segunda ou terça-feira.
Há independentes e pessoas do CNRT [Congresso Nacional de Reconstrução
Timorense] e do PLP [Partido de Libertação Popular], mas quando entram no
Governo deixam de ser dos partidos e são membros do Governo", afirmou.
"Já
foram 11 e agora serão mais ou menos o mesmo número. Ficam a faltar alguns
porque as negociações ainda estão a decorrer. Prefiro não avançar detalhes
porque o outro lado pode ainda afastar-se", referiu, explicando que o
executivo terá "32 ou 33" elementos.
Os
restantes só deverão ser conhecidos depois de concluídas as conversações em
curso, disse.
Alkatiri
confirmou que tem mantido contactos com "líderes do CNRT" e por
mensagens de telefone com o líder do Partido Libertação Popular (PLP), o
ex-Presidente Taur Matan Ruak, mas sem adiantar pormenores.
O
executivo está atualmente a preparar o Programa de Governo que, por lei, tem
que ser debatido no Parlamento Nacional antes de 15 de outubro. Logo depois,
será aprovado o Orçamento Retificativo que não deverá mexer no valor orçamentado,
antecipou Alkatiri.
"Todo
o esforço que está a ser feito é de reorganização, de transferências e espero
não ter que pedir mais dinheiro. Tenho um ministro do Plano e das Finanças que
está na mesma linha que eu, de não pedir mais dinheiro para este ano",
afirmou.
Sobre
outra questão, Alkatiri comentou algumas movimentações no Parlamento Nacional
que tentam questionar a legitimidade constitucional do Governo minoritário
liderado pela Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).
"No
nosso mundo de juristas há uns mais inteligentes que outros, mas a única
instituição que pode decidir sobre isso é o Tribunal de Recurso", disse.
"Acho
que são mais argumentos políticos que legais", afirmou.
Sem comentários:
Enviar um comentário