Jacarta, 21 jun (Lusa) - As
autoridades da Indonésia anunciaram hoje que detiveram para interrogatório o
capitão do 'ferry' que naufragou na segunda-feira, no lago Toba, na ilha de
Samatra, um acidente que causou pelo menos quatro mortos e 200 desaparecidos.
O navio, um 'ferry', virou-se
quando navegava no lago Toba, na província de Samatra do Norte, a mais de 1.300
quilómetros a noroeste da capital, Jacarta. O capitão, Tua Sagala, está entre
os 18 sobreviventes, indicaram as autoridades.
De acordo com o novo balanço
oficial, quatro pessoas morreram e 193 estão dadas como desaparecidas, naquele
que já é considerado um dos piores desastres marítimos no arquipélago do
Sudeste Asiático.
As autoridades disseram acreditar
que a viagem terá sido realizada ilegalmente, sem bilhetes ou lista de
passageiros. As estimativas relativas ao número de desaparecidos são baseadas
em declarações de familiares de passageiros.
Se as estimativas se confirmarem,
a embarcação, que também transportava dezenas de motocicletas, poderia ter
quatro ou cinco vezes mais passageiros do que a capacidade máxima autorizada.
As buscas devem prolongar-se pelo
menos uma semana, considerando a extensão do lago, que enche a cratera de um
gigantesco vulcão. O lago Toba, um dos mais profundos do mundo, cobre 1.145
quilómetros quadrados.
A Indonésia, país de maioria
muçulmana, está a celebrar desde sexta-feira a festa do Id al-Fitr, que
assinala o fim do mês de jejum do Ramadão, ocasião em que milhões de pessoas
tiram férias, e o lago Toba é um destino turístico popular.
Este naufrágio é o mais recente
de uma série de acidentes marítimos mortais no vasto arquipélago indonésio,
cujas ligações por barco, entre cerca de 17.000 ilhas, padecem de falta de
condições de segurança.
Na semana passada, um barco
tradicional de madeira naufragou com 40 pessoas a bordo, perto da ilha de
Sulawesi, fazendo mais de dez mortos.
FST (JOP/ANC) // EJ
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