Brisbane, Austrália, 31 jul
(Lusa) - Um extremista que planeou um ataque na Austrália com recurso a
engenhos incendiários do tipo 'cocktail-Molotov', depois de ter sido impedido
de voar para combater na Síria, foi condenado hoje a 17 anos e quatro meses de
prisão.
Agim Kruezi, de 25 anos, que já
se tinha declarado culpado de preparar uma incursão num estado estrangeiro para
cometer um ato terrorista, foi condenado a 17 anos e quatro meses de prisão,
com a determinação de um período de 13 anos em que não pode ser concedida
liberdade condicional.
A lei australiana proíbe que um
cidadão lute num país estrangeiro, exceto se integrado numa força militar do
Estado.
A tentativa de Kruezi de viajar
para a Síria para lutar com o movimento Jabhat Al Nusrah, ligado à Al-Qaeda, em
março de 2014, foi impedida por funcionários do aeroporto de Brisbane.
Depois de ter sido cancelado o
passaporte, o australiano decidiu planear um ataque no seu próprio país, mas
acabou por ser detido em casa, em Logan, a sul de Brisbane, na sequência de uma
operação policial em setembro de 2014.
A juíza Rosalyn Atkinson disse na
leitura da sentença que Agim Kruezi não tinha rejeitado as visões violentas e
extremistas que o levaram a comprar materiais para produzir as bombas
incendiárias.
"Você continua a representar
um sério risco para a população", afirmou Atkinson, sublinhando que este
queria criar "morte ou destruição" na Austrália, motivado por um
dever religioso.
JMC // MIM
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