Sydney, Austrália, 01 ago (Lusa)
- O fundador da Wikileaks apelou à Austrália que interceda a seu favor, por
recear que a saída da embaixada do Equador em Londres resulte na extradição
para os EUA, noticiou um jornal online que entrevistou a sua advogada.
A advogada de Julian Assange,
Jennifer Robinbson, disse hoje ao site de notícias australiano
"news.com.au" que se encontra "obviamente preocupada" com a
recente disponibilidade demonstrada pelo Presidente do Equador em negociar a
saída do fundador da Wikileaks da Embaixada do Equador em Londres.
O fundador da Wikileaks
"ainda é um cidadão australiano e [o governo da Austrália] tem a
obrigação, e eu acredito que o dever, de exercer os direitos de proteção de um
cidadão australiano", considerou Jennifer Robinbson.
"Estamos a monitorizar a
situação de perto (...). O risco de [Assange] ser processado nunca esteve tão alto
como agora", acrescentou.
Julian Assange, de 47 anos,
nascido na cidade australiana de Townsville, está exilado na embaixada do
Equador em Londres desde 2012, de forma a evitar que as autoridades britânicas
autorizem a sua extradição para os Estados Unidos, onde pode ser julgado pela
publicação de documentos diplomáticos e militares confidenciais.
"O tema Assange está a ser
tratado com o Governo britânico", confirmou o Presidente do Equador, numa
entrevista ao diário espanhol el país, na segunda-feira.
Lenin Moreno adiantou ainda que
pretende que a saída do ativista respeite "os seus direitos,
principalmente o seu direito à vida", mas que também não represente um
problema para o país.
Julian Assange pertence ao
conselho consultivo do Wikileaks, um portal de denúncias e de informações,
contendo milhares de documentos de governos e de empresas sobre matérias
sensíveis e confidenciais.
MIM // JMC
Sem comentários:
Enviar um comentário