Maputo, 21 set (Lusa) - A
Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP) apelou hoje ao poder executivo
dos países lusófonos para que facilite a atribuição de vistos, por forma a
permitir uma eficaz transferência de conhecimentos.
"As pessoas que vão estagiar
andam sempre com problemas com os vistos e depois têm de regressar. Queremos
ver se os bastonários conseguem transmitir ao poder político a necessidade de
pôr cobro a isso", disse à Lusa José Pavão, secretário-permanente da CMLP,
à margem do decurso do IX Congresso do organismo, em Maputo.
"Não tem sentido para um
jovem que sai da Guiné-Bissau para Coimbra que ao fim de dois meses tenha as
autoridades a chateá-lo" por causa de um visto de permanência em Portugal,
exemplificou.
Subordinado ao tema
"Desafios Profissionais para a Medicina na era da globalização", o
encontro que decorre em Maputo desde quinta-feira discute questões ligadas à
gestão de recursos humanos, bem como ao peso das doenças crónicas e das doenças
negligenciadas na atividade do setor.
O financiamento e
sustentabilidade dos sistemas de saúde, o papel da indústria farmacêutica e
ainda o enquadramento da telemedicina e serviços de saúde à distância são
outros dos temas no programa.
O encontro, que termina hoje,
conta com a presença de representantes do Brasil, Portugal, Moçambique, Macau,
Timor-Leste, Cabo Verde e Guiné-Bissau.
RIZR // JH
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