Banguecoque, 05 set (Lusa) - A
Agência de Alimentos e Agricultura da Ásia (FAO, na sigla em inglês) reúne-se
hoje de emergência em Banguecoque, Tailândia, para abordar o risco da epidemia
de peste suína africana registada na China se espalhar na região.
"A região deve estar
preparada para a alta probabilidade de que a peste suína africana cruze
fronteiras", informou a FAO num comunicado em que se sublinha a
necessidade de se adotar "uma resposta regional".
Especialistas de nove países
vizinhos da China (Camboja, Japão, Laos, Mongólia, Myanmar, Filipinas, Coreia
do Sul, Tailândia e Vietname), incluindo epidemiologistas veterinários,
reúnem-se durante três dias para definir um protocolo regional.
"A peste suína africana,
nova na Ásia, representa uma ameaça significativa", refere a agência da
ONU, cuja sede regional fica em Banguecoque.
Mais de 40 mil porcos foram
abatidos na China desde o início da epidemia, no início de agosto, segundo a
FAO.
O gigante asiático, maior
produtor de carne suína do mundo, está a tentar conter este surto de peste
suína africana inédita no país.
Os focos de peste suína africana
foram detetados em cinco províncias da China, na sequência de uma exploração em
Liaoning (nordeste). Na Ásia, o primeiro surto detetado, em março de 2017, foi
numa criação na Rússia, na Sibéria.
A peste suína africana, com casos
registados em África, Rússia e em vários países da Europa do Leste, é muito
difícil de controlar porque não existe uma vacina eficaz. No entanto, não
representa qualquer perigo para a saúde humana.
A doença é transmitida por
contacto direto entre porcos infetados, carraças ou animais selvagens e é fatal
para os animais afetados, o que inflige perdas económicas significativas nas
fazendas.
Cerca de metade da população
mundial de suínos é criada na China, o país que mais consome esse tipo de carne
per capita, segundo a FAO.
JMC // JC
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