Sertac Aktan | Euronews
O líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung, vai insistir numa nova votação de destituição do Presidente Yoon Suk-yeol. Os protestos aumentam à medida que os críticos denunciam a declaração de lei marcial de Yoon.
O líder da oposição sul-coreana afirmou, no domingo, que o seu partido irá solicitar uma segunda votação da moção de destituição do Presidente Yoon Suk-yeol.
Lee Jae-myung, líder do Partido Democrático, principal partido da oposição, anunciou que o partido planeia que os deputados votem novamente a moção de destituição no sábado, 14 de dezembro.
Lee reiterou a sua posição de que Yoon deve demitir-se imediatamente ou enfrentar a destituição, denunciando a declaração do partido no poder, feita no início do dia, de que iria elaborar um plano ordenado para que Yoon se demitisse mais cedo.
As declarações de Lee foram feitas um dia depois de Yoon ter evitado uma tentativa de impugnação, liderada pela oposição, por ter enviado soldados fortemente armados para as ruas de Seul com uma desconcertante declaração de lei marcial que fez lembrar muitas das anteriores ditaduras apoiadas pelos militares do país.
A maioria dos deputados do partido no poder boicotou uma votação no sábado para evitar a maioria de dois terços necessária para suspender os poderes presidenciais.
Os coreanos exigem a destituição
Mas o Presidente continua numa posição precária. A derrota da votação deverá alimentar os protestos a nível nacional e aumentar a turbulência política.
"Estas pessoas têm estado aqui todos os dias. Porque não aceitam um presidente que não respeita o Parlamento", disse um dos milhares de manifestantes em frente ao Parlamento.
"Em 1980, em Gwangju, a lei
marcial levou a um assassínio
Nos últimos dias, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Seul, a capital sul-coreana, para exigir a saída de Yoon.
Como é que Yoon sobreviveu à votação?
O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, sobreviveu à moção de destituição graças a um boicote do Partido do Poder Popular (PPP), no poder, que resultou num número insuficiente de deputados para aprovar a moção.
A moção necessitava de 200 votos dos 300 deputados, mas só estavam presentes 195, sendo 192 dos partidos da oposição e três do PPP. A maioria dos membros do partido do Presidente abandonou a sala antes da votação, impedindo a maioria necessária para que a moção fosse aprovada.
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