Tibar,
01 mai (Lusa) - A língua portuguesa deve ser um instrumento de negócios que
ajude a promover a CPLP nos vários cenários internacionais, ajudando ao
crescimento económico que é necessário para os cidadãos lusófonos, disse hoje o
primeiro-ministro timorense.
"Nós
podemos e devemos usar a língua como um instrumento de negócios, promovendo as
nossas economias nos fóruns internacionais onde estamos representados, também
para termos uma intervenção mais ativa na agenda global", afirmou Rui
Maria Araújo numa intervenção em Tibar, oeste de Díli.
"Em
Timor-Leste, admito, estamos a enfrentar o desafio da promoção e consolidação
da língua portuguesa. No entanto, somos um povo habituado a ultrapassar
dificuldades e acredito que vamos superar este desafio, não apenas em defesa da
nossa identidade mas também devido ao potencial económico que a língua
representa para o país", disse ainda.
Rui
Maria Araújo falava no Centro Nacional de Emprego e Formação Profissional
(CNEFP) em Tibar, oeste de Díli, no encerramento da XII reunião dos ministros
do Trabalho e Assuntos Sociais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) que terminou com a comemoração do Dia Mundial do Trabalhador.
Esta
foi a segunda reunião setorial da CPLP (Comunidade de Países de Língua
Portuguesa) - depois da reunião educativa - durante a presidência timorense da
CPLP.
"Sabemos
que a necessidade de crescimento económico e a criação de emprego é comum a
todos os países da CPLP, e foi por essa razão que quisemos dar à nossa
presidência uma nova dinâmica económica e empresarial", explicou.
"Estimular
projetos empresariais nos nossos países, com vista a desenvolver os setores
privados nacionais e a transferência de conhecimentos e tecnologias vão
contribuir para parcerias estratégicas que capitalizem as nossas integrações
regionais no sistema económico global", afirmou.
Rui
Araújo disse que o crescimento económico é essencial para garantir o futuro do
Estado social e que os apoios sociais devem sempre fazer parte de uma sociedade
solidária mas afirmou que "a dignidade do ser humano passa também por este
poder decidir o seu papel na sociedade".
"A
criação de riqueza, através da diversificação económica e da criação de emprego
são fundamentais", disse.
"O
Estado precisa de ter recursos financeiros que possam ser distribuídos por
aqueles que mais necessitam e isto envolve uma estratégia integrada onde também
a boa governação e a estabilidade política são contabilizados para uma
sociedade próspera e socialmente inclusiva", afirmou.
Destacando
o "flagelo do desemprego e a generalização do emprego precário" e o
seu "impacto brutal" nas sociedades, Rui Araújo defendeu renovadas
estratégias e uma aposta na "intensificação do ensino técnico-vocacional
para permitir saídas para o mercado de trabalho mais de acordo com as necessidades
dos sectores produtivos do país".
ASP
// ZO
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