Macau,
China, 28 jun (Lusa) -- O Secretário dos Assuntos Sociais e Cultura do Governo
de Macau defendeu hoje em declarações à agência Lusa que a entrada do
património de Macau na lista da UNESCO constituiu uma "nova marca
identitária" da cidade.
Para
Alexis Tam, a decisão da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura (UNESCO), a 15 de julho de 2005, "marcou uma viragem na forma
como o mundo via Macau".
"Passámos
a ter uma nova marca identitária, tornámo-nos conhecidos também como cidade de
cultura onde se combina, como em nenhum outro sítio do mundo e de uma forma
muito peculiar, a cultura oriental com a ocidental", afirmou.
Numa
declaração a propósito do décimo aniversário da inscrição do património de
Macau na lista da UNESCO de Património da Humanidade, Alexis Tam valorizou o
património cultural português e chinês da cidade que é hoje conhecida como a
Las Vegas do Oriente, onde os casinos proliferam e ocupam também lugar de
destaque no turismo da cidade, já que são a principal fonte de receita da
administração.
Por
outro lado, Alexis Tam sustentou que a "defesa e promoção do
património" de Macau constituem "valiosos instrumentos de
desenvolvimento cultural, social e económico".
Num
momento de celebração, disse, Macau continua ciente das
"responsabilidades, dos desafios e das exigências decorrentes daquela
classificação, tarefas que não são incompatíveis, mas sim complementares com
uma estratégia de crescimento e de desenvolvimento sustentável"
preconizada pelo Governo, liderado por Fernando Chui Sai On.
Mas,
vincou, a distinção "implicou novos desafios e responsabilidades",
como "reformas e investimento público" na área do património e, ao
nível legislativo, a lei de Salvaguarda do Património Cultural aprovada em 2013
e a criação do Conselho do Património Cultural.
Alexis
Tam lembrou que o reconhecimento internacional do valor do património de Macau,
de origem chinesa e portuguesa, "teve como resultado imediato uma ampla
campanha de divulgação da sua singularidade, que resultou também num aumento da
consciência ao nível interno para com a necessidade da sua proteção,
conservação e valorização".
Cerca
de 25 edifícios ou conjuntos entre largos e edifícios tão diversos como o
Templo de A-Má ou as Ruínas de São Paulo, o Edifício do Leal Senado, Farol da
Guia ou da Santa Casa da Misericórdia de Macau, integram o património
classificado pela UNESCO.
JCS
// VM
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