Uma
delegação parlamentar e da sociedade civil de São Tomé e Príncipe que deixou o
país no passado dia 2 de Outubro, para participar em Timor-Leste num evento de
intercâmbio, foi retida em Bali, Indonésia.
Logo
a seguir os 6 deputados munidos com passaportes diplomáticos e outros 7 membros
da sociedade civil que ostentavam passaportes especiais de serviço, receberam
uma nota de deportação emitida pelas autoridades aeroportuárias indonésias.
Todos os passaportes foram confiscados pelas autoridades indonésias.
A
jornalista São de Deus Lima, que integrava a comitiva sãotomense, disse
ao Téla Nón, que a delegação sãotomense, « foi forçada pelas autoridades
aeroportuárias indonésias em Bali, a empreender a viagem de regresso a Luanda
capital de Angola, sem os passaportes e apenas na posse do relatório de
deportação», explicou.
Os
13 membros da delegação sãotomense, só receberam os passaportes quando aterram
em Luanda, numa longa viagem com escala em Dubai.
Fontes
contactadas pelo Téla Nón admitiram que o incidente se deveu ao não
reconhecimento pelas autoridades indonésias dos passaportes sãotomenses.
A
delegação sãotomense que segundo o programa deveria regressar ao país no dia 11
de Outubro, acabou por chegar a São Tomé no dia 8 após três dias de trânsito em
Luanda e na qualidade de deportados.
A
missão em Timor-Leste foi agendada no quadro do Projecto de Cooperação
Lusófona, e sob a tutela do Projecto de Apoio à Gestão Económica e Financeira,
PAGEF, financiado pelo BAD. O objectivo era partilhar experiências com
diferentes instituições timorenses nas áreas da gestão dos recursos
petrolíferos, criação de emprego jovem em sectores não petrolíferos, reforço do
capital humano através da formação técnica e profissional, luta contra o
branqueamento de capital e financiamento ao terrorismo.
Segundo
a jornalista São de Deus Lima, retida em Bali, Indonésia, a delegação nacional
chefiada pelo Presidente da Comissão Parlamentar para os Assuntos Petrolíferos,
o jornalista Abnildo Oliveira, encetou diligências junto ao Ministro dos
Negócios Estrangeiros que na altura se encontrava em Nova York.
O
Ministro Salvador dos Ramos, contactou os serviços de protocolo do Estado em
São Tomé. O embaixador de São Tomé e Príncipe na Nigéria António Correia, «fez
chegar a lista dos nomes dos passageiros e os respectivos números dos
passaportes ao embaixador indonésio, mas os esforços segundo Salvador dos
Ramos, foram infrutíferos, devido a diferença dos fusos horários», acrescenta a
jornalista São Lima.
Por
sua vez o Ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou bastante, pediu desculpas
aos deputados a Assembleia Nacional e aos restantes membros da delegação.
Salvador Ramos prometeu abrir um inquérito para apurar responsabilidades.
O
Presidente da comissão parlamentar para os assuntos petrolíferos, Abnildo
Oliveira, que chefiou a delegação deportada também prometeu incluir no
relatório a ser submetido à mesa da Assembleia Nacional a necessidade de se
abrir um inquérito para apurar as responsabilidades pelo incidente.
Sem comentários:
Enviar um comentário