Macau,
China, 24 out (Lusa) -- A Guiné-Bissau quer assumir-se como
"plataforma" de acesso das empresas chinesas e dos países de língua
portuguesa ao mercado de 300 milhões de pessoas da Comunidade Económica de
Estados da África Ocidental (CEDEAO), disse hoje um governante guineense.
Uma
delegação guineense liderada pelo secretário de Estado com a pasta da Economia,
Degol Mendes, terminou hoje uma visita a Macau, na China, no âmbito da 20.ª
Feira Internacional de Macau (MIF, na sigla em inglês), um encontro de negócios
que contou este ano com a maior participação portuguesa e de países lusófonos
de sempre.
Numa
conferência de imprensa, Degol Mendes explicou que foi a Macau apresentar a
Guiné-Bissau como "plataforma" de acesso à CEDEAO, mas também como um
país que acabou de superar uma crise política dentro das normas
constitucionais, em que, ao contrário do passado, as forças armadas se
mantiveram imparciais, num processo que disse ser prova do "amadurecimento
democrático" e de "consolidação democrática evidente e
irreversível".
Segundo
garantiu, as perspetivas para a economia guineense este ano, que definiu como
"muito estável e dinâmica", mantêm-se otimistas, apesar da crise
política, estimando um crescimento superior a 5%.
Degol
Mendes explicou que um dos objetivos do Governo guineense é realizar um
encontro empresarial no país em 2016 que junte o mundo lusófono, a China e a
CEDEAO e um dos propósitos desta ida a Macau foi tentar garantir a presença de
uma centena de empresas chinesas em Bissau no próximo ano, o que afirmou ter
sido conseguido.
Segundo
os dados fornecidos aos jornalistas, o interesse do investimento chinês pela
Guiné-Bissau tem crescido: em 2013 havia dez empresas com capital da China no
país e hoje são 56, com maior presença nos setores da agricultura, pescas e
construção.
"Todos
os dias somos abordados por investidores chineses na tentativa de concretizarem
os seus investimentos. (...) Esperamos que a visita de empresas chinesas [à
Guiné-Bissau] em 2016 permita um aumento significativo do investimento
chinês", disse o secretário de Estado.
Ainda
antes de 2016, uma delegação da província chinesa de Jiangsu visitará a
Guiné-Bissau na próxima semana para identificar possíveis áreas de investimento
e cooperação, revelou Degol Mendes.
MP//ISG
Sem comentários:
Enviar um comentário