Washington,
12 abr (Lusa) - Os lusófonos Angola e Moçambique vão registar este ano o
crescimento mais baixo deste século, de acordo com os dados divulgados hoje
pelo Fundo Monetário Internacional, no seu relatório sobre as Perspetivas da
Economia Mundial.
O
relatório, divulgado hoje em Washington, prevê que Angola cresça apenas 2,5%,
acelerando ligeiramente para 2,7% no ano seguinte, o que compara com uma média
de 10,3% entre 1998 e 2007 e um crescimento desde então sempre acima dos 5%,
descontando os três anos de abrandamento resultantes da crise financeira
mundial, entre 2009 e 2011.
Moçambique,
por seu lado, deverá registar um crescimento do PIB na ordem dos 6%, o valor
mais baixo dos últimos 20 anos, afetada pela descida dos preços das
matérias-primas e pelos adiamentos na exploração dos vastos recursos naturais,
principalmente no gás natural.
Moçambique
consegue, ainda assim, crescer o dobro da média dos países da África
subsaariana (3% este ano), uma região onde o impacto da descida das
matérias-primas, nomeadamente do petróleo, se fez sentir de forma muito
significativa.
A
expansão da economia angolana este ano fica apenas uma décima acima do valor
mais baixo dos últimos vinte anos, e é explicada essencialmente pela descida
dos preços internacionais do petróleo, que acarretou um brusco abrandamento
económico e uma crise financeira.
"Os
países exportadores de petróleo da África subsaariana devem agora crescer 2% em
2016, o que representa uma revisão em baixa de 2,1 pontos percentuais face à
nossa previsão de outubro", escrevem os peritos do FMI, no relatório
divulgado hoje em Washington.
MBA
// VM
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