Pequim,
20 jun (Lusa) - A localidade chinesa de Yulin, na província de Guangxi,
sudoeste da China, prepara-se hoje para o "Festival de Carne de Cão",
que se realiza na terça-feira, apesar dos insistentes protestos de organizações
amigas dos animais.
Milhares
de cães serão sacrificados como parte de um ritual que todos os anos se cumpre
naquela localidade, no solstício de verão, e que as petições 'online'
classificam como espetáculo bárbaro e cruel.
Segundo
descreveu a agência espanhola EFE, no mercado local de Dashichang vários
ativistas conseguiram ainda libertar alguns dos cães enjaulados.
No
conjunto, a organização Humane Society Internacional (HSI) conseguiu resgatar,
até hoje, 54 cães e gatos, escreve a agência.
Nos
últimos anos, vendedores de carne de cão e ativistas chegaram a entrar em
confronto e hoje alguns restaurantes e vendedores optaram por esconder os
cartazes onde anunciam a sua "especiaria".
No
mercado de Dongkou, onde se vende a carne já depois de morto o animal, o
ambiente é semelhante a outros mercados ao ar livre da China.
Porém,
é ainda possível identificar os cães, esfolados ou queimados, pendurados em
ganchos pela boca e preparados para serem cortados e servidos aos clientes.
O
festival é controverso não só por servir carne de cão - comum a muitos países
da Ásia - mas pela origem dos animais: a Fundação de Animais da Ásia estima que
a maioria eram cães vadios ou domésticos que foram roubados aos donos.
"O
cumprimento da lei é da responsabilidade do Governo chinês, mas até agora as
autoridades têm ignorado. Por isso, os ativistas chineses optam por ir até às
estradas e bloquear a passagem de camiões carregados de cães obtidos de forma
ilegal", escreveu a HSI em comunicado.
Este
ano, as autoridades puseram barreiras nas vias de acesso ao município,
respondendo ao apelo de algumas destas organizações, mas os ativistas pedem
"uma ordem para encerrar definitivamente os matadouros".
JOYP
//APN
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