A
candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, considerou hoje um caso
"sem precedentes" e "profundamente preocupante" a
reabertura da investigação do FBI aos seus e-mails.
"É
muito estranho que uma coisa assim seja publicada, com tão pouca informação,
pouco antes de uma eleição", disse a candidata a Presidente num comício em
Daytona Beach, Florida, referindo-se à carta que o diretor do FBI, James Comey
enviou ao Congresso, a dizer que os investigadores terão descoberto novas
mensagens "pertinentes" ligadas ao caso dos e-mails.
E
acrescentou a candidata: "Na verdade não é só estranho, é sem precedentes
e é profundamente inquietante, porque os eleitores merecem conhecer os factos
como um todo. Já pedimos ao diretor Comey para que explique tudo agora, para
meter tudo em cima da mesa".
Donald
Trump também já comentou a carta do FBI, sugerindo que a reabertura da
investigação, a 11 dias das eleições, só pode ser justificada por um "crime
atroz" de Hillary Clinton.
O
FBI tem analisado o possível uso inapropriado de informação classificada por
parte de Hillary Clinton quando era secretária de Estado. O caso foi encerrado,
mas agora terão surgido novas informações, segundo o FBI.
Hillary
Clinton utilizou, quando dirigia a diplomacia dos EUA, entre 2009 e 2013, um
endereço de correio eletrónico privado -- hdr22@clintonemail.com --, através de
um servidor privado instalado no seu domicílio em Chappaqua, no Estado de Nova
Iorque, em vez de ter usado uma conta governamental, expondo potencialmente
informações confidenciais à pirataria.
A
candidata democrata à Presidência apresentou as suas desculpas neste assunto,
mas continua a sustentar que não fez nada de ilegal.
O
chefe do FBI, James Comey, é um jurista republicano, ex-procurador federal e antigo
vice-ministro da Justiça.
FP
(RN)// ATR – Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário