sexta-feira, 11 de novembro de 2016

TIMOR LOROSAE, O MASSACRE QUE O MUNDO NÃO VIU - vídeo



Este filme é dedicado a todas as mães timorenses
que choram os seus filhos mortos
e também àquelas que não puderam chorar por eles.

HONRA E HOMENAGEM AOS HERÓIS

Timor Agora associa-se e solidariza-se com Timor-Leste e com a juventude timorense nas comemorações de 12 de Novembro. Recorremos ao vídeo do filme acima exposto e a texto parcial da Wikipédia para fazer constar no TA este dia que evoca o Massacre de Santa Cruz.

No exterior, todos que amavam Timor-Leste e acompanhavam quanto possível a luta de libertação sentiram a verdadeira frustração, a impotência de modo assombroso ao tomarem conhecimento do massacre levado a cabo em Santa Cruz pelas tropas indonésias. Por este massacre muita tristeza e lágrimas foram vertidas em todo o mundo pelos apoiantes e amigos da causa libertadora do país. Foi um massacre arquitetado em Jakarta pelos generais do ditador Suharto. Alguns desses militares continuam no ativo e impunes, fazendo inclusive parte do atual governo indonésio. O que demonstra que muito pouco mudou na elite militar e civil pseudo democrática e humanista.

Vinte e cinco anos volvidos desse dia fatídico para mais de 300 timorenses assassinados (os números oficiais de vítimas são falsos) Timor-Leste é livre e independente. Um jovem país em ascenção e democrático. Talvez o mais democrático do sudeste asiático. Orgulhemo-nos, todos os que amam Timor-Leste e o povo heróico timorense. Orgulho que deve estar espelhado no semblante e no coração dos timorenses, de todos os timorenses.

Homenagem e honra aos heróis caídos mas não vencidos. Honra aos que continuam a resistir, a construir o Timor-Leste democrático e a afirmar-se em todo o mundo. Vivam! (TA)

A abordagem da Wikipédia em complemento

História

Após a invasão de Timor-Leste pela Indonésia em 1975 (então formalmente ainda Timor Português), muitos timorenses se sentiam oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Díli. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.

A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes[1] até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes.[2] Até 2012, a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.[3]

Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.

Consequências

O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses.[5] Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense

Políticas

No ano de 1991 as Juventudes Timor-Leste foram derrotadas pelas forças indonésias, mas, através deste protesto, os timorenses mostraram a outros países, reconhecidos apoiantes da Indonésia, que Timor-Leste queria se libertar e tornar-se uma nova nação, independente da Indonésia.

12 de novembro de 1991, Timor-Leste vivia este momento trágico da sua história. Paradoxalmente, em relação àquele que foi o seu propósito original, o impacto que teve na opinião pública tornou este fatídico acontecimento num dos mais importantes passos na internacionalização da causa timorense, ao revelar-se ao mundo o sofrimento de um povo.

Depois do evento do massacre de Santa Cruz, quase todos os países passaram a apoiar Timor-Leste e reconheceram o direito da sua população para determinar se Timor-Leste devia ser ou não independente, o que se veio a concretizar com o referendo oito anos depois, em 30 de agosto de 1999.

Dia da Juventude

O Massacre de Santa Cruz, Díli, no dia 12 de novembro de 1991, provocou um grande sofrimento para a juventude timorense. Por causa deste massacre - em que a juventude quis manifestar e demonstrar ao mundo (ONU) que havia discriminação e violação dos Direitos Humanos no território, já desde o início da invasão -, este é considerado o Dia da Juventude em Timor-Leste.

- Texto parcial, em Wikipédia

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