Uma
juíza federal norte-americana decidiu na noite de sábado que os refugiados e
outras pessoas afetadas pela nova medida de imigração do Presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, que chegaram aos aeroportos norte-americanos não podem
ser deportados.
Numa
audiência de emergência, a juíza Ann M. Donnelly, do Tribunal do Distrito
Federal de Brooklyn (Nova Iorque) respondeu a uma ação movida pela União das
Liberdades Civis na América (ACLU) contra a ordem executiva assinada na
sexta-feira por Donald Trump, cuja constitucionalidade foi questionada.
A
decisão vai no sentido de as autoridades norte-americanas não procederem a
nenhuma deportação de cidadãos dos sete países de maioria muçulmana visados
pelo decreto de Trump -- Irão, Iraque, Iémen, Somália, Líbia, Síria, Sudão --
que foram autorizados a entrar e chegaram aos Estados Unidos.
Numa
ordem executiva assinada na sexta-feira, Donald Trump suspendeu a entrada de
refugiados nos Estados Unidos por pelo menos 120 dias e impôs um controlo mais
severo aos viajantes oriundos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Síria e Iémen
durante os próximos três meses.
Nos
Estados Unidos, no sábado várias pessoas sofreram já o impacto direto das novas
medidas de imigração.
Só
em Nova Iorque, mais de uma dezena de pessoas foram retidas no aeroporto
internacional JFK, incluindo dois cidadãos iraquianos que tinham obtido vistos
especiais para irem para os Estados Unidos.
Além
da indignação, nas primeiras horas desde a aplicação das medidas da Casa Branca
provocaram confusão e caos em cidades e aeroportos de todo o mundo devido à
falta de clareza sobre alguns detalhes.
FV
(MAG) // FV - Lusa
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