Cerca
de um milhar de pessoas manifestaram-se em Paris e outras 1.200 em Berlim
contra o decreto anti-imigração do Presidente norte-americano, Donald Trump.
A
marcha em Paris começou ao início da tarde na praça Trocadero, em frente à
Torre Eiffel.
Em
Berlim, cerca de 1.200 pessoas, segundo a polícia, reuniram-se na Porta de
Brandenburgo com cartazes em que podia ler-se "Combater a ignorância, não
os imigrantes" e dirigiram-se para a embaixada dos Estados Unidos na
capital alemã.
Alguns
exibiam também o último número da revista Der Spiegel, que foi hoje para as
bancas, que tem na capa um 'cartoon' de Donald Trump com a cabeça da Estátua da
Liberdade decapitada na mão.
"Espero
que haja alguma mudança, mas não estou certa de que isso vá acontecer. Trata-se
de uma discriminação", disse Mahsa Zamani, uma estudante de medicina
iraniana, de 26 anos, que está na Alemanha há seis anos e que pretendia partir
para os Estados Unidos para fazer um estágio num hospital da Florida.
Uma
manifestação semelhante realizou-se em Londres, juntando milhares de pessoas,
em que foi também contestada a prevista visita de Donald Trump ao Reino Unido,
que motivou já uma petição.
Trump
assinou em 27 de janeiro um decreto presidencial que impede a entrada nos
Estados Unidos durante três meses de cidadãos do Iraque, Irão, Iémen, Líbia,
Somália, Sudão e Síria, no âmbito de um pacote de medidas para proteger o país
de "terroristas islâmicos radicais".
A
controversa ordem presidencial também suspende durante 120 dias o programa de
acolhimento de refugiados, que em 2017 deverá ser reduzido para menos de metade
(50.000 pessoas de todo o mundo), em comparação com os anos anteriores.
No
entanto, este decreto foi hoje suspenso pelo Departamento de Estado, após a
decisão de um juiz federal, que bloqueou o decreto na sexta-feira.
Trump
já criticou este "alegado juiz" que contrariou, em todo o país, a sua
ordem executiva, considerando ridícula a decisão judicial.
VM
// JMR - Lusa
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