Sydney,
Austrália, 02 jul (Lusa) -- Australianos criaram um fundo para ajudar o cardeal
George Pell, 'número três' do Vaticano acusado de abusos sexuais, a suportar os
custos relativos à sua defesa, noticia hoje o jornal Herald Sun.
John
Roskam, diretor do Instituto para os Assuntos Públicos (IPA, na sigla em
inglês), um 'think tank' conservador australiano, afirmou que aqueles que
apoiam Pell abriram uma conta bancária para recolher donativos para custear os
honorários dos advogados de defesa.
"Há
inúmeras pessoas que querem apoiar o cardeal e dar-lhe a possibilidade de se
defender", disse John Roskam, citado na edição de hoje do Herald Sun, um
diário de Melbourne.
George
Pell, o principal conselheiro financeiro do papa Francisco e o mais alto
representante da Igreja católica na Austrália, foi intimado a comparecer diante
de um tribunal de Melbourne no próximo dia 18.
Pell,
de 76 anos, pediu ao papa Francisco uma licença das funções de 'ministro' da
Economia do Vaticano para poder ir à Austrália defender-se, a qual foi aceite.
O
comissário-adjunto da polícia do estado australiano de Victoria, Shane Patton,
revelou, na quinta-feira, que George Pell enfrenta múltiplas acusações
relativas a crimes sexuais antigos, mas não facultou pormenores sobre as
alegações.
No
mesmo dia em que foram tornadas públicas as acusações, George Pell
classificou-as de "assassínio de caráter" e declarou-se inocente.
Pell
foi ordenado em 1966 em Roma, regressando, cinco anos depois, à Austrália, onde
ascendeu ao topo da hierarquia católica.
Foi
sacerdote na cidade de Ballarat (1976-80), a sua terra natal, e arcebispo de
Melbourne (1996-2001), ambas no estado de Victoria, no sul da Austrália.
Posteriormente,
tornou-se arcebispo de Sydney e, em 2014, foi escolhido pelo papa Francisco
para desempenhar a função de 'ministro' da Economia para reorganizar a gestão e
as finanças do Vaticano.
DM
(PSP) // VM
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