domingo, 13 de agosto de 2017

Hong Kong aumenta controlo de saúde após descoberta de ovos contaminados

Pequim, 13 ago (Lusa) -- As autoridades de Hong Kong aumentaram os controlos de saúde dos ovos que importam da Europa, após a descoberta, no início deste mês, de níveis elevados do pesticida tóxico fipronil em dois lotes procedentes da Holanda, noticia hoje a imprensa local.

O Departamento de Segurança Alimentar de Hong Kong reconheceu estar "muito preocupado" com a situação e, apesar de ter garantido que não foram encontrados novos casos de ovos contaminados desde dia 04, lançou medidas de controlo mais apertadas para estes produtos procedentes do velho continente.

A secretária para Alimentação e Saúde da antiga colónia britânica, Sophia Chan, citou concretamente os controlos aos ovos procedentes da Holanda e da Bélgica, embora tenha assegurado que as medidas se estendem a todo o território europeu.


A Europa é origem de aproximadamente 20% dos ovos que se vendem na Região Administrativa Especial chinesa de Hong Kong.

Na vizinha Macau, as autoridades informaram que não foram importados ovos provenientes da Holanda durante o corrente ano. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais garantiu, no entanto, que vai continuar a acompanhar de perto os desenvolvimentos do caso, a manter contacto com os departamentos e importadores relevantes e a reforçar os trabalhos de controlo e inspeção de ovos e produtos avícolas.

A Comissão Europeia confirmou que foram detetados ovos contaminados com fipronil em 15 países da União Europeia, na Suíça e em Hong Kong.

Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Polónia, Reino Unido, Roménia e Suécia são os países da União Europeia onde foram detetados ovos contaminados, detalhou, este sábado, um porta-voz da Comissão Europeia.

A Comissão Europeia vai reunir-se com representantes destes países em 26 de setembro.

A "crise" dos ovos contaminados iniciou-se em 20 de julho, quando a Bélgica alertou as autoridades comunitárias de que tinha detetado ovos contaminados.

Oito dias depois, a Holanda lançou um alerta alimentar por suspeita de contaminação, mas só em 03 de agosto é que as autoridades holandesas advertiram de que, em alguns lotes, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.

DM (MDR) // CSJ

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