domingo, 1 de outubro de 2017

Macau quer identificar vantagens para construção da estratégia chinesa "Uma Faixa, Uma Rota"

Macau, China, 01 out (Lusa) - O chefe do Executivo de Macau afirmou hoje que o território deve "identificar e explorar" vantagens próprias para contribuir para a construção da estratégia "Uma Faixa, Uma Rota".

Chui Sai On intervinha na cerimónia do 68.º aniversário da implantação da República Popular da China, que juntou centenas de convidados na Torre de Macau.

"Macau deve identificar e explorar as suas vantagens próprias e singulares para poder ir ao encontro das necessidades do país [China] e assim participar e contribuir para a construção da estratégia 'Uma Faixa, Uma Rota'", lançada pelo Presidente chinês, Ji Xinping, em 2013.

Para o chefe do Governo, Macau tem de "reforçar o papel no desenvolvimento económico nacional e na abertura do país ao exterior através do envolvimento na construção conjunta da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau".

"Nesta nova era, a estratégia de desenvolvimento do país e o aprofundamento da cooperação regional trazem oportunidades sem precedentes para Macau e, aproveitando esta situação, iremos acelerar o ritmo de diversificação adequada da nossa economia, impulsionando o desenvolvimento da indústria de convenções e exposições, da indústria de medicina tradicional chinesa, das atividades financeiras com caraterísticas próprias e das indústrias culturais e recreativas", destacou.


Chui Sai On destacou o papel de Pequim no "aprofundamento do plano geral de promoção do progresso económico, político, cultural, social e ecológico" da China, a par com o "plano estratégico de construção de uma sociedade moderadamente próspera, do aprofundamento da reforma, da governação à luz da lei e do reforço da disciplina do Partido" Comunista Chinês (PCC).

O chefe do Executivo de Macau lembrou que "o crescimento da economia mundial mantém-se num nível baixo e é assinalável o aumento de fatores incertos", levando as autoridades do território a procurar uma articulação com "a estratégia de desenvolvimento" da China, "a par" da promoção do "seu próprio progresso e prosperidade".

Para isso, Macau está a aplicar o primeiro plano quinquenal de desenvolvimento, focado na "elevação da capacidade de governação, na promoção do desenvolvimento adequado e diversificado da economia, na melhoria do bem-estar da população", acrescentou.

"A economia de Macau, depois de ter atravessado um longo período de ajustamento, apresenta neste momento sinais de crescimento, a situação do desemprego mantém-se estável e a taxa de desemprego situa-se num nível baixo", disse na receção comemorativa, que contou com a presença de representantes do gabinete de ligação do Governo central, do comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês e da Guarnição do Exército de Libertação Popular em Macau, bem como de responsáveis da administração do território, entre outros.

Na intervenção, Chui Sai On lembrou a passagem do tufão Hato, em agosto passado, que causou dez mortos e mais de 240 feridos, além de prejuízos materiais em Macau, e agradeceu o apoio de Pequim e de várias províncias e cidades chinesas, bem como a solidariedade manifestada pela comunidade local.

"Iremos rever e aperfeiçoar o mecanismo de resposta a grandes catástrofes e melhorar a construção de infraestruturas", garantiu.

As comemorações do 68.º dia nacional da China no território começaram pelas 08:00 (01:00 em Lisboa) com a cerimónia do içar das bandeiras chinesa e da Região Administrativa Especial de Macau, seguida de uma prova desportiva denominada "Correndo em comemoração do Dia Nacional e do Dia Mundial da Marcha".

Pelas 21:00, vai decorrer um espetáculo de fogo de artifício, na baía em frente à Torre de Macau.

EJ // FPA

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