Macau,
China, 01 out (Lusa) - O chefe do Executivo de Macau afirmou hoje que o
território deve "identificar e explorar" vantagens próprias para
contribuir para a construção da estratégia "Uma Faixa, Uma Rota".
Chui
Sai On intervinha na cerimónia do 68.º aniversário da implantação da República
Popular da China, que juntou centenas de convidados na Torre de Macau.
"Macau
deve identificar e explorar as suas vantagens próprias e singulares para poder
ir ao encontro das necessidades do país [China] e assim participar e contribuir
para a construção da estratégia 'Uma Faixa, Uma Rota'", lançada pelo
Presidente chinês, Ji Xinping, em 2013.
Para
o chefe do Governo, Macau tem de "reforçar o papel no desenvolvimento
económico nacional e na abertura do país ao exterior através do envolvimento na
construção conjunta da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau".
"Nesta
nova era, a estratégia de desenvolvimento do país e o aprofundamento da
cooperação regional trazem oportunidades sem precedentes para Macau e,
aproveitando esta situação, iremos acelerar o ritmo de diversificação adequada
da nossa economia, impulsionando o desenvolvimento da indústria de convenções e
exposições, da indústria de medicina tradicional chinesa, das atividades
financeiras com caraterísticas próprias e das indústrias culturais e
recreativas", destacou.
Chui
Sai On destacou o papel de Pequim no "aprofundamento do plano geral de
promoção do progresso económico, político, cultural, social e ecológico"
da China, a par com o "plano estratégico de construção de uma sociedade
moderadamente próspera, do aprofundamento da reforma, da governação à luz da
lei e do reforço da disciplina do Partido" Comunista Chinês (PCC).
O
chefe do Executivo de Macau lembrou que "o crescimento da economia mundial
mantém-se num nível baixo e é assinalável o aumento de fatores incertos",
levando as autoridades do território a procurar uma articulação com "a
estratégia de desenvolvimento" da China, "a par" da promoção do
"seu próprio progresso e prosperidade".
Para
isso, Macau está a aplicar o primeiro plano quinquenal de desenvolvimento,
focado na "elevação da capacidade de governação, na promoção do
desenvolvimento adequado e diversificado da economia, na melhoria do bem-estar
da população", acrescentou.
"A
economia de Macau, depois de ter atravessado um longo período de ajustamento,
apresenta neste momento sinais de crescimento, a situação do desemprego
mantém-se estável e a taxa de desemprego situa-se num nível baixo", disse
na receção comemorativa, que contou com a presença de representantes do
gabinete de ligação do Governo central, do comissariado do Ministério dos
Negócios Estrangeiros chinês e da Guarnição do Exército de Libertação Popular
em Macau, bem como de responsáveis da administração do território, entre
outros.
Na
intervenção, Chui Sai On lembrou a passagem do tufão Hato, em agosto passado,
que causou dez mortos e mais de 240 feridos, além de prejuízos materiais em
Macau, e agradeceu o apoio de Pequim e de várias províncias e cidades chinesas,
bem como a solidariedade manifestada pela comunidade local.
"Iremos
rever e aperfeiçoar o mecanismo de resposta a grandes catástrofes e melhorar a
construção de infraestruturas", garantiu.
As
comemorações do 68.º dia nacional da China no território começaram pelas 08:00
(01:00 em Lisboa) com a cerimónia do içar das bandeiras chinesa e da Região
Administrativa Especial de Macau, seguida de uma prova desportiva denominada
"Correndo em comemoração do Dia Nacional e do Dia Mundial da Marcha".
Pelas
21:00, vai decorrer um espetáculo de fogo de artifício, na baía em frente à
Torre de Macau.
EJ
// FPA
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