A
presidência da comunidade de países lusófonos deverá marcar 2018 em Cabo Verde,
onde se perspetiva a privatização de várias empresas, incluindo a TACV, e a
concretização do 'hub' aéreo do Sal.
Cabo
Verde vai assumir a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) 2018- 2020 e acolher a XII conferência de chefes de Estado e
de Governo lusófonos, que deverá ocorrer em julho.
Depois
de ter perdido para a Costa do Marfim a presidência da comissão da Comunidade
Económica de Países da África Ocidental (CEDEAO), a ação da política externa de
Cabo Verde centrar-se-á, no próximo ano, na presidência da CPLP.
O
país quer uma presidência marcada pela agenda cultural, com a proposta de
criação de um mercado lusófono de arte e cultura, e "avanços
concretos" nas questões da mobilidade, da cidadania lusófona e a promoção
da língua portuguesa.
Em
2018, Cabo Verde quer também concluir o processo de privatização da companhia
pública de aviação Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), atualmente gerida
pelo grupo islandês Icelandair, num processo que irá implicar o despedimento de
cerca de 260 trabalhadores.
A
privatização da companhia é apontada como fundamental para a concretização do
conceito de 'hub' no aeroporto do Sal, para onde está prevista a transferência,
no início do ano, de todos os voos da empresa.
A
ideia é criar uma plataforma que faça de Cabo Verde o ponto de passagem dos
voos que ligam os continentes africano, europeu e norte-americano.
Paralelamente,
o país quer implementar um novo modelo de gestão dos aeroportos, que está a ser
estudado pela empresa ANA/VINCI, e avançar para a concessão da gestão dos portos,
com o grupo português ETE na corrida.
A
implementação de uma solução para o transporte marítimo entre ilhas é outra das
apostas para 2018, com o Governo a assegurar que este será o ano das
"soluções definitivas" para o setor dos transportes.
A
partir de 01 de janeiro, Cabo Verde deverá começar a isentar de vistos de
entrada os turistas provenientes da União Europeia e do Reino Unido, uma medida
que visa aumentar o número de visitantes e facilitar as deslocações de
potenciais investidores.
Cabo
Verde terá ainda de lidar com os efeitos da seca e do mau ano agrícola, podendo
contar para tal com um apoio de 10 milhões de euros dos parceiros
internacionais, particularmente da União Europeia, que garantiu uma ajuda
financeira de 7 milhões de euros.
Lusa
| em SAPO TL
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