A
Guiné-Bissau vai entrar em 2018 bloqueada num impasse político e com os olhos
postos nas eleições legislativas e no congresso do Partido Africano para a
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), previsto para final de janeiro.
Com
os atores políticos guineenses a não conseguirem ultrapassar a crise política
criada pelo afastamento de Domingos Simões Pereira, candidato do PAIGC eleito
primeiro-ministro nas legislativas de 2014 e demitido pelo Presidente guineense
um ano e meio depois, o país entra no ano novo com os partidos a
posicionarem-se para as legislativas.
O
foco vai estar centrado no congresso do PAIGC, que deverá realizar-se entre 30
de janeiro e 04 de fevereiro, e na sua futura liderança, com vários atores
políticos a posicionarem-se para apresentar candidatura à presidência do
partido, apesar de nenhum ainda o ter admitido oficialmente.
A
única exceção é Domingos Simões Pereira, que já assumiu que é recandidato.
O
grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, depois de terem chumbado o programa
de Governo do partido, anunciou que quer retornar ao partido e que vai
participar no congresso.
E,
apesar de não haver garantias, o antigo primeiro-ministro guineense Carlos
Gomes Júnior poderá regressar ao país, especulando-se à volta de uma
candidatura à presidência do PAIGC, ou à Presidência da República.
Outro
partido que se prepara para o embate é o PRS (Partido de Renovação Social), que
se tem mantido do Governo e tem assumido esperanças de vencer as próximas
legislativas.
Apesar
de já ter realizado o seu congresso, os órgãos diretivos do partido ainda não
foram tornados públicos, o que também tem criado alguma especulação sobre a sua
unidade.
A
comunidade internacional tem insistido na necessidade de serem organizadas
eleições livres, justas e transparentes em 2018, mas o Coletivo dos Partidos
Políticos Democráticos afirmou já publicamente que não vai aceitar eleições
organizadas pelo atual Governo, que considera "inconstitucional e ilegal".
Lusa
| em SAPO TL
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