Banguecoque, 07 jan (Lusa) -- A
erupção de um vulcão na ilha de Kadova, na Papua Nova Guiné, obrigou à retirada
de toda a população que foi assistida pelas autoridades do país, segundo os
media locais.
O vulcão cobriu com cinzas e lava
mais de metade do território da ilha de Kadova, mas não causou vítimas, refere
a agência de notícias Efe, citando órgãos de comunicação social locais.
O despertar repentino do vulcão,
que expulsa uma coluna de fumo com mais de 2.000 metros de altura, ocorreu ao
meio-dia de sexta-feira e surpreendeu os 600 habitantes da ilha.
Desde então, "entre 50 e 60%
da ilha está coberta de resíduos vulcânicos", disse o Observatório da Vulcanologia
de Rabaul ao portal de notícias "Loop".
Os especialistas, que afirmam
estar surpresos com a repentina atividade vulcânica, detetaram nas últimas 24
horas um aumento na violência das emissões.
"Devido à inclinação da
ilha, são possíveis deslizamentos de terra que, juntamente com a natureza explosiva
do magma, podem gerar um tsunami", advertem os vulcanologistas.
Até agora, não havia dados sobre
a erupção do vulcão, embora tivesse sido registado alguma atividade térmica em
1976.
A ilha de Kadovar, na costa
nordeste do país, está localizada a cerca de 24 quilómetros a norte do
território principal da Papua Nova Guiné.
Foi descoberta pelo navegador
espanhol Iñigo Órtiz de Retes, em 1545, quando regressava de uma viagem
exploratória ao atual México.
A Papua Nova Guiné situa-se no
Anel de Fogo do Pacífico, uma área de grande atividade sísmica e vulcânica que
provoca cerca de 7.000 tremores de terra por ano, a maioria moderados.
HN // VM
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