Pequim, 16 mar (Lusa) - O líder
espiritual dos tibetanos, Dalai Lama, afirmou hoje que o Tibete pode existir na
China nos mesmos moldes que os países na União Europeia, quando se celebra a
rebelião falhada de 1959 contra Pequim.
"Eu admiro o espírito da
União Europeia", disse Dalai Lama, numa mensagem de vídeo enviada por
ocasião do 30.º aniversário do grupo Campanha Internacional pelo Tibete, com
sede em Washington.
"O interesse comum é mais
importante do que o interesse nacional de cada um. Nesse molde, eu estaria
muito disposto a permanecer com a República Popular da China", acrescenta.
Com cerca de três milhões de
habitantes, o Tibete é uma das regiões chinesas mais vulneráveis ao
separatismo, com os locais a argumentarem que o território foi durante muito
tempo independente até à sua ocupação pelas tropas chinesas em 1951.
Por outro lado, Pequim considera
que a região, que tem uma área equivalente ao dobro da Península Ibérica é,
desde há séculos, parte do território chinês.
Esta semana, tibetanos exilados
comemoram a rebelião falhada de março de 1959, que culminou na fuga de Dalai
Lama para a Índia.
Em 14 de março fez também dez
anos desde as revoltas contra a presença chinesa no território, que causaram 18
mortos e centenas de feridos na capital do Tibete, Lhasa, e outras áreas da
região.
JPI // SB
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