Os partidos políticos timorenses
devem aprender com a "lição" que foi a dissolução do Parlamento
Nacional procurando, depois das eleições antecipadas de 12 de maio, uma solução
o mais convergente possível, disse o Presidente de Timor-Leste.
Em declarações à Lusa, Francisco
Guterres Lu-Olo salientou que continuará a exercer as suas competências e a ser
"medida de tudo", dentro do quadro legal e constitucional do país.
Questionado pela Lusa sobre a
possibilidade de as eleições antecipadas voltarem a produzir um resultado
político incerto - o país está numa crise política desde as legislativas de
julho do ano passado - Lu-Olo mostrou-se esperançado numa solução acordada.
"Penso que há vontade clara
dos partidos políticos de aprenderem com a lição desta vez, da dissolução do
Parlamento Nacional. Por isso acho que teremos uma solução o mais convergente
possível depois das eleições", afirmou.
Timor-Leste viveu nos últimos
meses um período de grande tensão política com um Governo minoritário a ver chumbado
pela oposição o seu programa e a proposta de Orçamento retificativo.
A oposição acabou depois por se
unir numa aliança de maioria parlamentar, tendo o Presidente da República
acabado por dissolver o parlamento e decidido convocar eleições antecipadas
para 12 de maio.
Um total de quatro partidos e
quatro coligações apresentam-se aos eleitores.
Lu-Olo deixou no fim de semana
apelos diretos aos candidatos ao voto para que evitem, durante a campanha que
começa na terça-feira, ataques pessoais, procurando debates centrados nos
programas e nas propostas de desenvolvimento nacional.
O chefe de Estado falava na sede
da Comissão Nacional de Eleições (CNE) no encerramento da cerimónia de
assinatura de um pacto de unidade nacional por representantes dos oito partidos
e coligações candidatos ao sufrágio.
"Temos de acabar com os
insultos. Isso é uma forma de matar o caráter das pessoas. Como Presidente da
República não posso continuar a admitir isso", declarou posteriormente à
Lusa.
O Presidente da República de
Timor-Leste disse fazer simplesmente apelos.
“Não é um crime público e não
posso ir além de apelos. Mas peço que se garanta um espírito de respeito entre
todos", considerou.
A campanha começa na terça-feira
e decorre até 09 de maio.
Lusa | em SAPO TL
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