A Coreia do Norte realizou hoje
(9) um desfile militar para assinalar o 70º aniversário da fundação do país,
mas não apresentou mísseis balísticos intercontinentais, que estiveram na
origem de várias sanções internacionais.
Soldados, artilharia e tanques
integraram o desfile perante o líder norte-coreano Kim Jong-un no centro de
Pyongyang, a capital do país, numa cerimónia em que apenas foram expostos
mísseis de curto alcance, segundo a agência de notícias France-Presse.
O desfile militar, que durou
cerca de uma hora e meia, foi o primeiro desde que Kim Jong-un e o Presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, assinaram em junho uma declaração conjunta em
Singapura, prometendo trabalhar para a desnuclearização do regime de Pyongyang.
Kim não se dirigiu à multidão,
numa cerimónia em que marcaram presença o chefe do parlamento chinês e
delegações ao mais alto de países que mantêm relações diplomáticas próximas do
regime norte-coreano.
O líder do parlamento da Coreia
do Norte, Kim Yong-nam, deu o tom a uma retórica relativamente mais suave para
o que foi sendo habitual em eventos anteriores, com um discurso de abertura que
enfatizou os objetivos económicos do regime, em detrimento do seu poderio
nuclear.
Os presidentes da China e da
Rússia, Xi Jingping e Vladimir Putin, enviaram mensagens de felicitações ao
líder norte-coreano Kim Jong-un, informou agência estatal de notícias KCNA.
Xi destacou a "política
inabalável" do seu país para melhorar as relações com a Coreia do Norte,
pode ler-se na mensagem publicada pela KCNA.
"O Partido [Comunista] e o
Governo chinês dão a máxima prioridade às relações de amizade e cooperação
entre a China e a República Popular Democrática da Coreia, e à sua política
firme para defender, construir e desenvolver com sucesso relações
bilaterais", referiu o Presidente chinês.
Já Vladimir Putin sublinhou na
mensagem enviada a Kim a importância de aprofundar os laços e promover a paz na
região.
O presidente russo disse estar
convencido de que "o diálogo bilateral e a cooperação construtiva em
várias áreas serão melhorados graças aos esforços conjuntos", o que
contribuirá para fortalecer a estabilidade e a segurança na península coreana e
no nordeste da Ásia.
JMC // JMC | Lusa
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