Já há vários dias que é relevante
e tema principal na comunicação social o assassinato do jornalista saudita Khashoggi,
opositor do regime do rei Salman, recentemente assassinado no consulado saudita
na Turquia. Ilibar o rei Salman do assassinato do jornalista parece ser a
principal tarefa dos que têm por missão pretender ocultar o rasto de morte que inculpa Salman nas diretivas que têm visado assassinar opositores do seu
regime mesmo que refugiados em países estrangeiros.
É comum aos ditadores a sua
veia assassina contagiante de seus próprios regimes. Independentemente das
declarações de ministros sauditas que pretendem ilibar o rei acerca do
assassinato no consulado em Istambul. É evidente que o responsável pelo regime
de terror da Arábia Saudita é o chefe da monarquia do país. E esse é Salman, o
rei assassino. Os seus sequazes, nas suas ações, apenas refletem as imagens e as
ações do regime imposto com assinatura e responsabilidade de Salman. (TA)
Portugal quer investigação que
apure todas as responsabilidades – MNE
Macau, China, 21 out (Lusa) - O
ministro dos Negócios Estrangeiros português disse no sábado que Portugal
revê-se na posição da União Europeia e da comunidade internacional sobre a
morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi e que devem ser apuradas todas as
responsabilidades.
"Temos pedido um apuramento
de todas as responsabilidades", através de uma investigação, defendeu
Augusto Santos Silva, em Macau, onde termina hoje uma visita oficial de três
dias.
O governante referiu que a
posição portuguesa está em linha com a da comunidade internacional e com aquela
já manifestada pela União Europeia.
Também no sábado, a chefe da
diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, exigiu uma "investigação
aprofundada" sobre a morte "extremamente perturbadora" do jornalista
saudita Jamal Khashoggi e que os autores sejam responsabilizados.
A União Europeia "insiste na
necessidade de uma investigação aprofundada, credível e transparente, que
esclareça as circunstâncias da morte e force os responsáveis a assumir total
responsabilidade", afirmou Federica Mogherini, em comunicado.
Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou
no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de outubro
para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
Jornalista saudita residente nos
Estados Unidos desde 2017, Khashoggi era apontado como uma das vozes mais
críticas da monarquia saudita.
A Arábia Saudita reconheceu no
sábado que o jornalista foi morto no seu consulado em Istambul durante uma
luta, referindo que 18 sauditas estão detidos como suspeitos, segundo a agência
oficial de notícias SPA.
A mesma agência revelou também
que um conselheiro próximo do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman,
foi demitido, juntamente com três líderes dos serviços de informação do reino e
oficiais.
JMC (SS/JRS) // JMC
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