Díli, 23 nov (Lusa) - A maquete
do projeto de expansão da Escola Portuguesa de Díli (EPD), que prevê 25 novas
salas e um pavilhão multiusos, foi apresentada esta semana na unidade escolar,
devendo as obras arrancar já em 2019.
O processo de expansão, que terá
um custo total de cerca de 5 milhões de dólares (4,3 milhões de euros),
permitirá aumentar significativamente a capacidade de acolhimento de alunos,
disse à Lusa o diretor da escola, Acácio Brito.
Está prevista a construção de
mais um piso no edifício principal, a construção de uma sala multiusos que
servirá como auditório e ginásio e ainda a instalação de dois campos
desportivos, entre outras melhorias e alterações.
Este ano a EPD tem 1.032 alunos,
com 270 no ensino pré-escolar, 376 no 1.º ciclo, 131 no 2.º ciclo, 144 no 3.º
ciclo e 121 no ensino secundário.
Intervindo na apresentação da
maquete, o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira, recordou
as longas listas de espera que a EPD já tem atualmente.
As obras são, disse, "mais
um passo deste processo de melhorar as condições que permitem a esta Escola
proporcionar uma educação de qualidade e manter-se como referência, na oferta
educativa em Timor-Leste".
"O projeto de ampliação das
instalações da escola torna-se essencial para o cumprimento dos objetivos base
desta instituição, quer de garantia da qualidade do ensino, quer na melhoria
dos resultados dos alunos, quer de alargamento do número de admissões, para
incluir todos os que, anualmente, se candidatam e ficam de fora, por falta de
capacidade física de os integrar na escola", referiu.
"Este alargamento permitirá,
igualmente, expandir a oferta formativa para os docentes, através do Centro de
Formação, que, até ao momento, se tem ocupado exclusivamente da formação dos
docentes da EPRC, e que pretende colocar-se ao serviço da formação de professores
em funções no sistema educativo timorense", notou ainda.
A EPD integra-se no programa de
cooperação bilateral entre Portugal e Timor-Leste que em 2017, e que segundo
valores da Ajuda Pública para o Desenvolvimento (APD) ultrapassou os 13 milhões
de euros.
Da cooperação portuguesa fazem
ainda parte, entre outros programas, o projeto dos Centros de Aprendizagem e
Formação Escolar (CAFE), que abrange a educação pré-escolar e do ensino básico
em 13 municípios e que, no próximo ano letivo, se alargará ao ensino
secundário.
Fazem ainda parte o projeto
Formar Mais, para a formação contínua de professores e apoio à gestão escolar,
o projeto de Capacitação da Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) em Língua Portuguesa
e formação, entre outros, a jornalistas e Forças de Defesa.
No âmbito da cooperação
portuguesa na área educativa são atribuídas anualmente bolsas de estudo no
ensino público em Portugal para os graus de licenciatura, mestrado e
doutoramento e bolsas de estudo internas para frequência do ensino superior em
Timor-Leste.
ASP // SB
Sem comentários:
Enviar um comentário