Jacarta, 14 set 2020 (Lusa) -
Cerca de dez milhões de habitantes de Jacarta vão ter de voltar a cumprir pelo
menos duas semanas de restritas medidas de distanciamento social perante o
risco de aumento de contágios de covid-19, indicaram as autoridades.
A capital da Indonésia regista 54
mil casos da doença desde o início da pandemia, quase um quarto do total dos
infetados em todo o país, e mais 1.390 mortos, sendo a população com o maior
número de óbitos.
"Precisamos de medidas mais
restritas para controlar o aumento de casos em Jacarta", indicou, no
domingo, o governador de Jacarta, Anies Baswedan.
A metrópole, que se encontrava já
numa fase de transição para a normalidade, na sequência de um confinamento parcial
terminado em junho, verá serem fechadas escolas, zonas recreativas, parques e
instalações desportivas, bem como a suspensão de seminários, conferências ou
casamentos, entre outros eventos sociais.
A reimposição das medidas,
incluindo a paragem das atividades económicas não essenciais, vai prolongar-se
até 28 de setembro, sem afetar províncias e cidades limítrofes.
Além da promoção do teletrabalho,
os pacientes assintomáticos ou com sintomas ligeiros serão enviados para
centros governamentais, para quarentena, deixando de ficar em casa.
A presença nos locais de culto
será limitada a 50% da capacidade total, e aqueles que se situarem em zonas de
alto risco serão fechados. No entanto, as viagens para fora da cidade vão poder
realizar-se, apesar de algumas limitações.
Com 267 milhões de habitantes, a
Indonésia é o quarto país mais povoado do mundo e, com mais de 218 mil casos de
covid-19, é o segundo país do Sudeste Asiático mais afetado pela pandemia. Com
8.723 mortos, é a nação com maior mortalidade na região.
EJ // VM
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