No mesmo dia em que impôs a medida, depois rejeitada pela Assembleia Nacional sul-coreana, o presidente Yoon Suk Yeol suspendeu a lei marcial até que o Governo chegue a um consenso.
Jornal de Negócios | Pedro Curvelo | Bárbara Cardoso
A Coreia do Sul viveu esta
terça-feira um dia atribulado após o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, ter
anunciado, de surpresa, a instauração da lei marcial. Yoon invocou a proteção
da “Coreia do Sul liberal contra as ameaças das forças comunistas e para
eliminar elementos anti-Estado”.
Na comunicação ao país, o chefe de Estado atacou violentamente o Partido Democrático, da oposição, mas que detém atualmente a maioria no Parlamento, acusando-o de “simpatizar” o regime de Pyongyang e de “incentivar a rebelião”. O anúncio apanhou todos de surpresa e até o partido de Yoon disse que iria votar contra a medida.
O presidente do Parlamento
convocou de imediato uma reunião plenária na qual os 190 deputados presentes
(de um total de 300) votaram o levantamento da lei marcial. A Constituição do
país indica que o Presidente tem de acatar a decisão da Assembleia Nacional
caso esta seja aprovada por maioria.
Pelo meio, contrariando os
pressupostos da lei marcial, muitos sul-coreanos concentraram-se junto ao
Parlamento em protesto, com os militares a formarem um cordão em torno da
Assembleia Nacional.
Yoon anunciou então que iria
suspender a lei marcial.
O impacto da imposição da lei
marcial, no entanto, atirou a moeda do país – o won – para mínimos de mais de
dois anos face ao dólar e para o valor mais baixo em 11 anos em relação ao euro.
Também as ações das empresas
sul-coreanas negociadas cotadas
Imagem: Milhares de sul-coreanos protestaram junto ao Parlamento após o Presidente ter anunciado a lei marcial.Kim Soo-hyeon/Reuters
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