Não
é só no mediterrâneo que as águas têm sepultado migrantes. Na costa da Malásia
e da Indonésia abundam histórias de horror.
Mohammad
Amin, de 35 anos, estava a bordo de um embarcação de migrantes ilegais quando
viu uma família inteira ser massacrada.
“Uma
família inteira foi espancada até à morte com placas de madeira, do barco –
pai, mãe e o filho de ambos. E depois atiraram os corpos ao mar”, recorda ao
britânico The Guardian.
Foi
há três meses atrás que Amin subiu a bordo de um barco, oriundo de Myanmar (a
antiga Birmânia). Agora, é um dos 677 migrantes que vivem num acampamento
improvisado no porto de Langsa, na Indonésia, sujeitos a filas de espera para
terem algo que comer.
A
Malásia e a Indonésia são os países que mais migrantes têm recebido, oriundos
de países como Myanmar e Bangladesh. Estima-se que cerca de 8.000 tenham
chegado à costa. Do mar, recordam os dramas vividos a bordo. Em terra, apesar
de são e salvos, vivem agora num autêntico limbo, com as autoridades de ambos
os países a terem dificuldade a lidar com o fenómeno.
Mohammad
Rafique, de 21 anos, conta como o grupo onde seguia foi abordado pela marinha
indonésia. Deram-lhes provisões e perguntaram para onde iam. Responderam:
Malásia. E de seguida levaram-nos até à fronteira mas quando chegaram ao lado
de lá o discurso foi o mesmo, mas em sentido contrário.
Rafique
conta ainda histórias de espancamentos a bordo. “Bateram-nos com martelos,
cortaram-nos com facas”, recorda este migrante ao mesmo jornal.
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