Langsa,
Indonésia, 18 mai (Lusa) -- A marinha indonésia anunciou hoje que impediu a
entrada de um barco com migrantes nas suas águas territoriais no fim de semana,
após a chegada de centenas de pessoas da minoria étnica 'Rohingya' e do
Bangladesh, intensificando o patrulhamento.
Cerca
de 3.000 migrantes nadaram para a costa ou foram resgatados ao largo da
Indonésia, Malásia ou Tailândia na semana passada, cerca de metade dos quais
chegaram à província indonésia de Aceh.
No
domingo, o Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos disse-se chocado com
a atitude daqueles três países de repelir milhares de migrantes esfomeados,
estimando em 6.000 o número de pessoas atualmente em barcos à deriva.
Os
migrantes que conseguiram chegar à costa da Indonésia foram sobretudo
resgatados por pescadores e informações começaram a circular sobre confrontos
mortais a bordo ou sobre o tratamento desumano de que foram alvo pelos
traficantes.
No
domingo, a Marinha indonésia impediu um barco de entrar nas suas águas
territoriais depois de uma embarcação ter sido detetada em direção ao Estreito
de Malaca, disse à agência noticiosa AFP o porta-voz das Forças Armadas
indonésias, Fuad Basya.
Depois
de estabelecida comunicação via rádio com o barco, o mesmo afastou-se da
Indonésia, afirmou Fuad Basya, acrescentando que não foi usada a força.
Basya
disse que se acredita que o barco estaria a transportar mais migrantes, embora
não soubesse precisar o número.
"Estava
em direção às águas da Indonésia, vindo da Malásia e foi-lhe negada a entrada.
Foi intercetado e nós impedimos a sua passagem", acrescentou.
Na
semana passada, a Marinha impediu um barco que transportava centenas de
migrantes de entrar na Indonésia e os militares insistem que só vão ajudar os
barcos em perigo.
Basya
disse que quatro navios de guerra e um avião estavam agora a patrulhar a costa
de Aceh para evitar a entrada dos barcos de imigrantes nas águas da Indonésia,
enquanto há uma semana o patrulhamento era efetuado por um navio e um avião.
FV
(MDR/ EJ) // ARA
Sem comentários:
Enviar um comentário