O
secretário-geral da ONU está cada vez mais preocupado com a situação dos
emigrantes e refugiados que atravessam os mares do sudeste asiático e lembrou
aos países da região a obrigação de ajudarem pessoas em perigo.
Essa
foi a mensagem que Ban Ki-moon deixou nas reuniões que teve nos últimos dias
com os líderes da região, de acordo com um comunicado do seu porta-voz
divulgado hoje.
O
diplomata sul-coreano lembrou que devem de proteger vidas e agir de acordo com
a lei internacional, que estabelece a obrigação de salvar os emigrantes em
perigo no mar e não devolve-los a zonas em que possam estar em perigo.
Ban
Ki-moon e o subsecretário-geral Jan Eliasson, que também falou com dirigentes
asiáticos, incentivaram todos a participarem na reunião que se realizará em
breve em Banguecoque para tratar da questão.
A
ONU, que ofereceu o seu apoio para a realização do encontro, espera que dele
saia uma solução à escala regional e internacional.
Segundo
o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), cerca de
25.000 pessoas fugiram em barcos do Bangladesh e de Myanmar (Birmânia) no
primeiro trimestre do ano, o dobro do que foi registado no mesmo período do ano
passado.
A
Indonésia e a Malásia acolheram cerca de 1.500 imigrantes entre domingo e
segunda-feira passada mas a partir daí devolveram ao mar pelo menos três
embarcações com centenas de pessoas, algumas delas que fazem parte de uma
minoria muçulmana que é perseguida em Myanmar, e avisaram que não permitiriam
mais desembarques.
Notícias
ao Minuto com Lusa
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