Pequim,
25 mai (Lusa) - As autoridades da região autónoma chinesa de Xinjiang, de
maioria muçulmana uigur, desmantelaram, no espaço de um ano, 181 grupos que consideram
estarem ligados a atividades terroristas.
Segundo
a agência oficial chinesa, Xinhua, que cita dados do comité do Partido
Comunista para a região, as autoridades identificaram 96,2% desses grupos
quando planeavam ataques, detendo 112 suspeitos, que se renderam à polícia.
O
Governo regional lançou uma campanha antiterrorismo no ano passado, depois do
atentado de 22 de maio de 2014, quando uma bomba matou 39 pessoas num mercado
em Urumqi, capital regional.
A
violência em Xinjiang, onde a minoria uigur convive com a etnia maioritária
han, aumentou nos últimos meses, bem como o número de detenções e julgamentos
de suspeitos, organizados ao estilo maoista, em estádios desportivos, com
dezenas de acusados julgados de uma só vez.
O
regime comunista considera que a violência é causada por células terroristas
com ligações a grupos de países vizinhos, que desejam a criação de um estado
independente do Turquestão Oriental.
Pequim
afirma que estes movimentos estão mesmo, nalguns casos, ligados à Al-Qaida, mas
as comunidades uigures no exílio apontam antes para a forte repressão por parte
das autoridades chinesas como causadora dos conflitos e negam a existência de
organizações terroristas.
ISG
// JPF
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